sexta-feira, 23 de julho de 2010

O amor nos tempos do cólera - Gabriel Garcia Marquez

Ai, que alegria e imenso prazer ler Gabo novamente! Para o desafio literário, o mês de julho era para ler um livro adaptado para o cinema, então escolhi esse.
Sabe aquelas histórias de amor do tempo da sua avó? Esse livro é assim, só naquela época se sofria de amor, era tudo muito difícil, o cara tinha que ser muito macho para enfrentar o pai da amada e pedi-la em casamento, tinha que namorar com alguém segurando vela, afff, que sofrimento! Igual conto de fadas, o mocinho tinha que enfrentar o dragão e salvar a princesa no alto da torre.
Ainda bem que nos resta a literatura para preencher a nossa sede amores impossíveis, amores românticos, etc.

Vamos aos personagens principais:

Dr. Juvenal Urbino se tornou conhecido no país por haver conjurado a tempo, com métodos inovadores e drásticos, a última epidemia de cólera morbo que flagelou a província. A anterior, quando ele ainda estava na Europa, causara a morte da quarta parte da população urbana em menos de três meses, incluindo aí seu pai, que foi também um médico muito estimado.
Era o mocinho cobiçado, bem-sucedido, médico que soube controlar a doença que estava matando um monte de gente.
 Reflexões dele:
"A única coisa de que necessito na vida e alguém que me entenda."
"Lembre sempre que o mais importante num bom casamento não é a felicidade e sim a estabilidade."

Fermina Daza: A mocinha, tem um pai emergente que quer o melhor para ela, então aprova o casamento com o médico

Florentino Ariza: Esse é o fofo, cuti-cuti, o personagem mais awesome, o romântico, pobre, desajeitado, filho único de mãe solteira. Aprendeu violino para tocar serenata para sua amada, decorava poemas de amor, escreveu uma carta apaixonada com 70 págs. Ficava  nervoso e passava tão mal que parecia estar doente e ainda fez juras de amor eterno à Fermina e cumpriu:
Antes que Florentino Ariza lhe contasse que a tinha visto, sua mãe já o descobriria, porque ele perdeu a fala e o apetite e passava as noites em claro rolando na cama. Mas quando começou a esperar a resposta à sua primeira carta, sua ansiedade se complicou com caganeiras e vômitos verdes, perdeu o sentido da orientação e passou a sofrer desmaios repentinos, e a mãe se aterrorizou porque seu estado não se parecia com as desordens do amor e sim com os estragos do cólera.

Bastou ao médico um interrogatório insidioso, primeiro a ele e depois à mãe, para comprovar uma vez mais que os sintomas do amor são os mesmos do cólera.

Esperou por ela cinqüenta e um anos, nove meses e quatro dias mais tarde, quando lhe reiterou o juramento de fidelidade eterna e amor para todo o sempre.

Ele tem umas filosofias de boteco ótimas, como

"O mundo está dividido entre os que trepam e os que não trepam."

Os seres humanos não nascem para sempre no dia em que as mães os dão à luz, e sim que a vida os obriga outra vez e muitas vezes a se parirem a si mesmos.

O mais duro que ouviu foi alguém lhe gritando na rua: "Quem tem a cara feia e os bolsos vazios passa a vida a ver navios."

"O coração tem mais quartos que uma pensão de putas."

"Não creio em Deus, mas tenho medo dele."

"Em compensação, quando uma mulher resolve dormir com um homem não há barreira que não salte, nem fortaleza que não derrube, nem consideração moral nenhuma que não esteja disposta a varar de lado a lado: não há Deus que valha."

O FILME
O filme é um resumão do livro, mas é muito bom, tem atores ótimos, entre eles Javier Bardem no papel do romântico Florentino e quem faz o papel de sua mãe é a nossa Fernanda Montenegro. Achei a atriz que fez Fermina muito água de salsicha, picolé de chuchu, não convenceu em ser uma garota disputada. No filme tem muitos atores latinos, mas é falado em inglês. A trilha sonora ficou a cargo da Shakira, acredite se quiser, ela fez um bom trabalho, dizem que ela tem QI altíssimo e fala vários idiomas, além de ser esperta e gostosa para fazer música pop e ganhar rios de dinheiro. Se quiser baixar a música "Pienso en Ti", clique aqui:


Viva Gabo! Viva latinoamerica! Viva la revolucion!

5 comentários:

  1. Escolha maravilhosa! Esse livro é envolvente, engraçado, comovente... o cara é sensacional mesmo.
    Bjs

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  2. Todos falam muito bem desse livro, do autor só conheço Cem anos de Solidão...
    Mas não sabia do filme!
    Quero ler!!!
    E Casillas! que fofo! XD

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  3. Oi, Ana
    Belo post, acho que vc sintetizou bem a alma do livro..concordo tb em relação ao filme, não ficou muito ruim, como na maioria das adaptações, mas a atriz realmente não foi uma boa escolha. Parabéns pela resenha.

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  4. Amo essa história. Ouvi dizer que o filme é horrível. Primeira vez que leio uma crítica positiva sobre ele.


    Bjs

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  5. Ainda não tive a oportunidade de ler, mas ja vou anotar antes que esqueça pra pegar na biblioteca heheh...
    Adorei a resenha, muito boa!!!

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