quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Maggie Gyllenhaal em dose dupla


Curto bastante o trabalho da Maggie como atriz, ela escolhe papéis sempre controversos, de mulheres da pá virada, alternativas, etc. Sorte mesmo é ter um irmão como o Jake. Já falei dela no filme Away we go, mas agora vou comentar dois filmes que acho o máximo: Secretária e Mais estranho que a ficção.

Secretária. Um filme sado-masô light. Ela estava internada em um clínica porque se auto-mutilava,  nunca conseguia expressar a raiva falando ou xingando, então ela pegava seus acessórios pérfuro-cortantes e começava a se cortar. Após sair da clínica, ela foi buscar emprego em um escritório de advocacia e o advogado era bem excêntrico, começaram um relacionamento de submissão, castigos, palmadas. O filme é engraçado, os atores ótimos, a temática é bem diferente para os padrões hollywoodianos. Eu curti!
Aproveitando o gancho, um outro filme que segue a mesma temática de auto-mutilação + sado-masô, porém bem mais dramático,é o  "A Pianista", com a diva Isabelle Huppert, arrasando no papel de uma senhora distinta (desconfie dessa gente muito cheia de pudor, deve ter um lado negro da força que deixa até marquês de Sade com vergonha), professora de piano, respeitável, mas que tem suas fantasias esquisitas.


Mais estranho que a ficção: A vida de Harold começa a ser narrada por uma escritora, ele é auditor da Receita, tem uma vida bem rotineira, bem metódico, conta as escovadas, quantas escadas sobe, os passos, os azuleijos do banheiro, etc. Levando uma vida quase vegetativa, cheia de regras e horários, com medo de morrer, ele segue o conselho do professor, fazer alguma coisa que gosta. Então ele lembra que tem um sonho bem antigo e que ele já tinha até esquecido, tocar guitarra. É sempre assim, a gente só toma iniciativa para viver quando a vida está em risco, se depender da gente, a vida passa em brancas nuvens.
Ele começa a investigar o estabelecimento da Ana Pascal que pagou o imposto saneamento básico, edificação de parques e construção de abrigos, mas não paga salvamento de empresas e fundos planejados pra campanha política. Ela é toda "anarquista", como ele diz. Ele todo certinho se apaixona pela doidinha que fazia cookies e cupcakes. Tem uma parte engraçada, ela faz cookies fresquinhos com um copo de leite para ele, mas ele não pode aceitar, por ser auditor, caracterizava suborno, aí ele quis comprar porque assim não teria problema, ela ficou fula... O filme é muito bom, uma temática diferente, ótimos atores, claro que não entrei em detalhes para não estragar o elemento surpresa. Vejam!
Também gostei da Maggie, nos filmes Batman e O Sorriso da Monalisa. Ainda acho que ela precisa trabalhar com Tim Burton e Woody Allen, porque ela é super excêntrica, do jeito que eles gostam.

2 comentários:

  1. Olá,
    Encontrei seu blog no blogosfera da Ju e gostei muito.
    Ótimo 2011.
    Herbert

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  2. Oi, Herbert;
    Seja bem-vindo, se é amigo da Ju é gente fina.
    Abraço e volte sempre

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