Primeiramente, um bom ano novo para você!
Venho por meio desta publicação, anunciar que este blog será considerado a minha única presença virtual na internet, pois estou apagando vários aplicativos e todas redes (anti)sociais. Não sou contra a tecnologia ou internet, dá para fazer bom uso, mas infelizmente são os bilionários que as controlam e ganham rios de dinheiro com isso.
"Quem me conhece sabe" e se não sabe é só ler as publicações anteriores para perceber que estou sempre manifestando meu descontentamento com redes sociais. Para acabar de vez com este chorume, achei melhor desinstalar quase tudo, porque não quero compactuar com os bros das big techs. Minha ausência nessas redes não os tornarão menos pobres, mas pelo menos tenho minha consciência limpa que não farei parte disso, ir na contramão do sistema é um caminho solitário, mas eu não vou forçar um pertencimento que vai contra as minhas crenças.
Desde os primórdios, os detentores dos meios de comunicação (jornal, rádio, tv, redes sociais, etc.) são homens ricos conservadores que controlam o que a massa pode ou não consumir. Hoje em dia, o objetivo deles, entre outras coisas, é defender o capitalismo, o patriarcado e a idiotização do povo em benefício próprio. Muitos deles são abertamente misóginos, incels, racistas, homofóbicos, escondem atrás de religiões monoteístas, mesmo não sendo religiosos, não têm nenhuma empatia com a sociedade e a classe trabalhadora, pelo contrário, quanto mais puder explorá-la e mantê-la na ignorância, melhor para eles. Afinal, todos eles estão construindo bunkers, talvez desejam destruir o planeta e nunca serem localizados pelo povo revoltado e para evitar o que aconteceu na Revolução Francesa.
A página Anfibia, jornalismo independente da Universidad de San Martin na Argentina, publicou um texto muito interessante sobre a falácia do free speech: Zuckermusk: la privatización del discurso público.
Através das redes sociais, os tech bros querem que você passe o máximo de tempo possível na plataforma para que possam vender sua atenção aos anunciantes e fazer com que você continue passando o dedo na tela para ver mais anúncios, aumentando assim a probabilidade de clicar em um link e comprar um produto.
As plataformas estão constantemente refinando seus métodos para fazer com que você continue na tela. Um método testado e comprovado envolve o fato de que as pessoas se envolvem mais com postagens que as deixam com raiva e assustadas do que felizes ou gratas. Então, esses são os tipos de postagens, conhecidas como rage bait, são as que mais frequentemente aparecerão no topo dos seus feeds. Propagar ódio de classe, raça, homofobia, misoginia mantém a sociedade dividida, lutando contra ela mesma, em vez de se juntarem e lutarem por uma causa justa.
Facebook, apaguei o perfil há quase uma década. Porém, ando lendo coisas bizarras que acontecem nessa rede. Além do discurso de ódio, houve um grande aumento de publicações criadas por IA e sendo curtidas por bots, como essas publicações non sense do Jesus camarão: Facebook’s AI-Generated ‘Shrimp Jesus,’ Explained. Já chegaram à conclusão que há mais bots que gente por lá: Why does Facebook have more bots than people?. O Zucchini mostrou as caras, parecia que foi criado por IA, ele já é totalmente robótico e não mostra um pingo de empatia ou simpatia, fazendo declarações misóginas e homofóbicas e dizendo que não se compromete mais com checagem de fatos.
Xwitter, nem usava mais, piorou depois que o Muskito comprou, então deletei de vez a conta. As publicações dele próprio já são uma vergonha alheia. Os jovens e as pessoas que não suportam o insuportável estão migrando para o Bluesky.
Threads, é um microblog da Meta, instalei pra nada, mas já desinstalei também.
Pinterest, no começo salvei umas imagens que nunca usei pra nada, agora desinstalei, porque virou um local dominado por imagens IA e publis.
Instagram, de início você postava fotos instantâneas para sua família e amigos, depois surgiu, stories, reels, a gente só vê conteúdo de quem a gente não segue e muitas publis. Hoje é meu último dia lá.
TikTok, instalei logo que saiu, não durou nem dois meses e apaguei. Por causa do banimento desta rede nos EUA hoje, dia 19/01/2025, em represália, os jovens começaram a instalar o app Red Note da China, é o n° 1 em downloads na apple store americana. Chinese App 'Red Note' Hits #1 in App Store As US TikTok Ban Approaches.
Chinese App RedNote Radicalizing American TikTok Refugees
Eu estava no Red Note para acompanhar artistas asiáticos, mas quando os estadunidenses começaram a invadir, eu cai fora, porque eles conseguem destruir tudo o que tocam.
Esse banimento vai prejudicar a renda dos influencers e das pessoas que utilizam a plataforma para e-commerce.
Goodreads, pertence ao Sr. "Beijos", ele é dono da Amazon, da Prime Videos, do Kindle, do Goodreads e do jornal The Washington Post. Seria ético um bilionário controlar uma biblioteca virtual? A história já nos mostrou o que acontece com as bibliotecas nas mãos de fachos, eles odeiam livros, odeiam pessoas que têm pensamento crítico e adoram censura. É como colocar lobos para vigiar ovelhas. Na terra do free speech tem muitos livros banidos: The 50 most banned books in America.
Instalei o aplicativo Fable, achei que seria uma boa alternativa ao Goodreads, mas percebi que não tem um bom catálogo, os últimos livros que li não constavam lá. Preenchi um formulário do Google para pedir que sejam adicionados, mas até hoje não adicionaram. A plataforma é interessante, além de classificar suas leituras, pode ser utilizada como um microblog sobre livros/ leituras, tb pode criar book clubs, etc. Porém, ainda é um espaço muito anglófono e para piorar, tem muitas funcionalidades geradas pela IA que causou um bafafá durante o wrap up. Um deles foi sugerir para pessoas que leram muitos livros sobre diversidades, lerem mais homens brancos cishet, além de sugestões racistas, teve capacitistas também. Saiba mais: AI, public outrage, and you
Parece que o The StoryGraph é a alternativa mais decente de todas, foi criado por uma mulher negra, estou pensando em migrar para lá se as coisas no Goodreads ficarem estranhas. Por enquanto é um ambiente de leitores, uma bolha, mas não confio no CEO.
Sobre o Kindle, estou tentando ter uma biblioteca virtual, porque é mais fácil para quem viaja e muda com frequência, também é o lugar onde posso comprar livros de vários países na língua original, é onde posso ter acesso aos livros da Cia das Letras e outras editoras brasileiras. Acumulei muitos livros no e-reader durante anos, acho que tenho livro suficiente e não preciso ler o último lançamento, por isso não comprarei mais livros lá. Aqui no Canadá, se você tem a carteirinha da biblioteca, você pode utilizar o Libby, uma biblioteca virtual que você pode pegar emprestado livros, audiobooks e pelo Kanopy você acessa filmes e documentários. Essa foi a alternativa que encontrei para nao depender do Sr. "Beijos".
Nunca instalei aplicativo de relacionamento.
Nunca instalei aplicativo de fast fashion (Shein, etc.) por motivos óbvios: exploração de mão de obra barata e poluição: The environmental costs of fast fashion.
Nunca instalei Uber eats e semelhantes. O dia que precisar pedir comida, significa que estou com meus movimentos comprometidos. Enquanto eu tiver braços e pernas funcionais, eu mesma compro e preparo minha comida.
Streamings: Netflix, Prime, cancelei tudo. Eu tenho um monte de DVD, posso ir ao cinema, posso pegar filmes emprestados na mediateca da biblioteca ou posso alugar no Youtube Movies o que realmente quero ver, em vez de ficar perdendo tempo procurando algo interessante no catálogo, no meio de um monte de séries e filmes que não me interessam. Era quase $70 por mês com streamings, no fim do ano era quase $1000 gastos. Vou economizar para outras coisas.
Não assisto TV. Quando era criança, meus pais não deixavam a gente ver TV, nem tínhamos o aparelho na nossa casa. Na adolescência e na casa dos 20 anos, assistia muito pouco, porque nem tinha tempo, trabalhava o dia inteiro e estudava à noite. Hoje, tenho uma tela para assistir DVD, Youtube, mas não capta TV.
Desprezo com todas as minhas forças a inteligência artificial, quem acha isso genial já apodreceu o cérebro faz tempo. Eles enfiaram IA em tudo, mesmo nas buscas do Google, é um negócio intrusivo que se manifesta em todo lugar sem o seu consentimento e você não pode desinstalar ou evitar.
Além de trifobia, descobri que tenho uma fobia por imagens geradas por IA, parece efeito de LSD, ao mesmo tempo que tem umas cores estranhas, meio psicodélicas, me causa pânico e ansiedade. Eu tinha instalado ChatGPT para fazer testes e cursos na empresa, trabalho com a segurança da informação, assim que não precisei mais, desinstalei. Além de contribuir com o fim da criatividade humana e a habilidade de pensar para escrever, ainda destrói a água do planeta: AI Is Accelerating the Loss of Our Scarcest Natural Resource: Water e rouba sua pesquisas, textos, imagens sem te dar créditos por isso, infringindo as leis de direitos autorais Artificial Intelligence Impacts on Copyright Law. Infringe não só leis, mas a segurança nacional, os códigos de ética, etc.
Generative AI is a Parasitic Cancer.
Stolen Humanity: AI and Capitalism’s Inevitable Conclusion
Como este blog existe há 16 anos, achei por bem mantê-lo, até porque aqui não ativei Adsense, logo você não verá publis. Só vem aqui quem ainda tem coragem de ler textões, os comentários são anti-haters e continua um local gratuito sem as interferências dos algoritmos, publicidades e inteligência artificial. Sei que tem ferramentas mais modernas como o Substack, mas por enquanto, não vejo motivos para transferir tudo para lá, a não ser que mudem as regras aqui.
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Eu a seguia no Insta e a seguirei aqui, ler seus textos e suas ideias. É preciso coragem para nadar contra, parabéns pela iniciativa. Paz sempre
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