sexta-feira, 16 de maio de 2025

O Duolingo é igual ao seu ex-namorado chernobyl que continua te perseguindo e Markito Zuca quer que você namore um IA

Duolingo, o psicopata que sofre de carência afetiva

O Duolingo, aquele aplicativo de (des)aprendizagem de idiomas, já tinha um comportamento de assediador de base, de ex-namorado tóxico red flag que não aceita o fim do relacionamento e continua te perseguindo. O povo acha engraçado, faz memes com a coruja armada ameaçando quando a lição não é feita, mas isso é um caso sério e não devemos permitir mais esses micro-abusos no século XXI, é um defeito horrível dos humanos passando para as máquinas, devemos combatê-lo e não podemos aceitar que aplicativos e IA comecem a nos tratar com desrespeito. 

Estes aplicativos tem o mesmo modus operandi dos tech bros que os criaram, ou seja, psicopatas que não estão interessados em sua aprendizagem e sim em fazer dinheiro.

O assédio é forte, o app envia notificações, e-mails, quando é aberto aparece sempre uma mensagem melodramática, parece um ser carente afetivo da pior espécie.

Peguei dois exemplos no meu e-mail, olha o tipo de mensagem: "Ninguém me ignora por tanto tempo... Faça suas lições!" 


"Parece que os lembretes não estão funcionando, vamos parar de enviá-los por enquanto". O “por enquanto” me pegou, poderia ser substituído por “para sempre”. 


No dia que entrei no app para deletar minha conta, apareceu esta mensagem: "Eu estou sonhando? Você voltou!" Sim, Voltei para te matar e nunca mais te ver.


Ninguém aprende a falar fluentemente, é só enrolação, para cada lição tem uma propaganda de 30 seg, o que me irrita profundamente. Percebi que quando tem uma frase para repetir e você fala outra coisa com a mesma entonação, você acerta.
Tem como piorar? Claro que tem. Agora foi anunciado que Duolingo vai ser uma empresa “AI first” (veja a matéria), ou seja IA em primeiro lugar e bye bye, trabalhadores. Aí você pensa, sem trabalhadores para pagar, o aplicativo vai ser de graça. Não, você vai pagar mais caro na versão paga. Como diz o provérbio: "Todo dia sai de casa um malandro e um otário. Quando os dois se encontram, alguém faz negócio". Fazia tempo que não usava o aplicativo, mas o ódio foi tão grande que nunca deletei minha conta e apaguei o app tão rápido na minha vida.
Agora não tem mais como piorar! Tem! Saiu uma ordem executiva para priorizar a IA nas escolas estragunidenses. Uberizaram o trabalho e agora duolinguizaram de vez a educação que já estava só ladeira abaixo. Imagina deixar a educação das crianças nas mãos de máquinas psicopatas e assediadoras, feitas à imagem e semelhança de seus criadores que não são educadores, não tem compromisso e nem preocupação com a sociedade, uns incels esquisitos supremacistas, não tem amigos na vida real e quer nos fazer aceitar a todo custo esses delirios deles. Como sempre digo, salvem seus livros didáticos, porque a coisa está ficando feia. Ainda bem que as mulheres estão entrando no movimento 4B e terão menos crianças no mundo.

Tenho a mesma opinião pretenciosa e esnobe:

Mesmo não tendo a escrita perfeita e por morar fora, com o passar do tempo, me vejo cometendo muitos erros ortográficos e gramaticais, mas pelo menos estou fazendo meu cérebro funcionar e pensar. Isso diminui as chances de Alzheimer. Como o Prof. Miguel Nicolelis diz: a IA nem é inteligência nem é artificial e nem é sua amiga.

Markito quer que você tenha amigos e relacionamento amoroso com IA


Neste artigo do The Guardian, Markito afirma ter a solução para a epidemia da solidão. Ele causou um problema, viciou as pessoas nas redes dele, elas se isolaram da sociedade, agora ele anunciou umas IAs para ser nossos amigos e até amantes, resolvendo o problema da solidão que ele mesmo gerou e ganhando ainda mais dinheiro nas custas do sofrimento alheio.
Apareceu essa publi para mim, mostrando "6 sinais que você precisa de uma IA friend". Veja só, the lion, the witch, and the audacity of this bitch. Prefiro falar com as paredes do que falar com essas merdas.



A internet hoje serve apenas para vigilância, manipulação, rage bait e coleta de dados, já passou do seu auge em termos de utilidade pública. Com o tempo, o acesso a ela provavelmente se tornará mais caro e menos desejável, até que abandoná-la se torne a melhor opção.
Eu não sou contra a tecnologia, o problema é que ela está nas mãos de gente com más intenções. O capitalismo já é um sistema econômico bem ruim que temos que nos sujeitar, o tecnofeudalismo que vem se impondo será nossa ruína se não fizermos nada.

Videos


Léon e Nilce fizeram um comentário a respeito do Google Veo3. Além de roubar os trabalhos criativos das pessoas, será uma ótima ferramenta para propagação de desinformação.


 

Data centers vão destruir o Brasil com, chegaram a prometer zero imposto para as big techs, vai gerar sérios problemas ambientais, mas apareceram com promessas de criação de empregos e crescimento da economia. Ah, sim, confia! Qualquer coisa vai nos avisando. O povo nunca se beneficia com essas presepadas.
A América Latina precisa parar de arregaçar as pernas e dar de graça os nossos recursos para esses imperialistas e todos os vendilhões devem ser presos por traição à pátria. O canal Tecnologia e Classe fez um video sobre isso:

 

Livro: Anti-Tech Revolution: Why and How, de Theodore John Kaczynski

O autor era problemático, tinha transtornos mentais e como todo homem americano, tem síndrome de Batman, o sonho de ser herói e fazer a justiça com as próprias mãos. Porém, ele não é como esses malucos acéfalos que invadem o Capitólio, ele era um dos melhores matemáticos dos EUA, entrou em Harvard com 16 anos, em seguida fez mestrado e doutorado na Universidade de Michigan, especializando-se em análises complexas. Chegou a ser professor, mas desistiu de tudo e foi viver como ermitão numa cabana e lutar contra os avanços tecnológicos usados com más intenções.

Este livro foi escrito em 2016, quase uma década atrás. Infelizmente, o povo não entendia nada sobre big techs e IA e para agravar, ele estava preso, logo ninguém iria acreditar em um criminoso. Porém, quem lê agora, saberá muito bem do que se trata: é uma análise histórica abrangente que explica a futilidade do controle social e a influência catastrófica do crescimento tecnológico nos sistemas sociais humanos e ecológicos planetários. 

Vou deixar traduzido aqui algumas partes importantes:

Os tecnófilos querem "orientar a pesquisa para que a tecnologia melhore a sociedade"; eles criaram uma "Universidade da Singularidade" e um "Instituto da Singularidade" que supostamente "moldam os avanços e ajudam a sociedade a lidar com as ramificações" do progresso tecnológico e "garantem... que a inteligência artificial... seja amigável" aos humanos.

Quando um sistema faz uma previsão sobre seu próprio comportamento, essa previsão pode, por si só, alterar o comportamento do sistema, e a mudança no comportamento do sistema pode invalidar a previsão. É claro que nem toda afirmação que fala sobre si mesma é paradoxal.

Quando os humanos não forem mais úteis aos sistemas autopropulsores dominantes, — elite ou não — serão eliminados.
Será respondido que muitos sistemas autopropulsores — governos, corporações, sindicatos etc. — cuidam de inúmeros indivíduos que lhes são totalmente inúteis: idosos, pessoas com deficiências mentais ou físicas graves, até mesmo criminosos cumprindo penas perpétuas. Mas isso ocorre apenas porque os sistemas em questão ainda precisam dos serviços da maioria das pessoas para funcionar.
Algumas das fantasias dos techs são surpreendentemente grandiosas. Os próprios técnicos insistem que as máquinas em breve superarão os humanos em inteligência. Quando isso acontecer, as pessoas serão supérfluas e a seleção natural favorecerá sistemas que as eliminem — se não abruptamente, então em uma série de etapas para que o risco de rebelião seja minimizado.
Enquanto os sistemas autopropulsores ainda precisarem de pessoas, seria desvantajoso para os sistemas ofender os sentimentos compassivos da maioria útil por meio de um tratamento implacável da minoria inútil.
Nos Estados Unidos e na Europa, as pensões e outros benefícios para aposentados, deficientes, desempregados e outras pessoas improdutivas estão sendo substancialmente reduzidos; pelo menos nos EUA, a pobreza está aumentando; e esses fatos podem muito bem indicar a tendência geral do futuro, embora, sem dúvida, haja altos e baixos.
Se você não vive numa caverna, deve estar ciente que os nerds do Muskito invadiram os sites governamentais e estão fazendo exatamente isso agora, organizou demissões em massa de funcionários federais e rescindiu contratos relacionados à diversidade, equidade e inclusão, mudanças climáticas, ajuda externa, proteção do consumidor financeiro e pesquisa científica. Sem que a justiça ou os políticos se manifestassem. Os tech bros são os presidentes agora, mandam e desmandam, usando o aparato do estado e o dinheiro publico.
O sistema tecnológico mundial se expande infalivelmente até atingir um limite imposto pela insuficiência de recursos e, então, tenta ir além desse limite, independentemente das consequências.
Quanto mais tempo o sistema continuar seu desenvolvimento, pior será o resultado para a biosfera e para a raça humana, e maior será o risco de a Terra se tornar um planeta morto.
A primeira parte do livro é muito importante para entender o movimento anti-tech, também tem muita base teórica, jargões matemáticos e de informática que não sou muito familiarizada. Explica tudo o que pode dar errado com a dominação da tecnologia na sociedade. Porém, a segunda parte: como ser a resistência, é a melhor parte do livro. Não serve apenas para a luta antitech, mas para todo tipo de lutas. Se você faz parte de alguma militância, é imprescindível lê-lo, não dá para resumir aqui.

Temos uma abundância de planos utópicos e sonhadores para salvar o mundo, mas, na prática, nada é feito.
Devido ao grave perigo físico e às dificuldades a que todos estariam expostos após um colapso do sistema tecnológico, um movimento que tenha tal colapso como objetivo encontrará resistência da esmagadora maioria da população mundial e, portanto, será incapaz de realizar qualquer coisa.
Quando os revolucionários paralisarem abruptamente o sistema tecnológico nos Estados Unidos, a economia mundial será severamente afetada e a crise aguda resultante dará aos revolucionários antitecnológicos de todas as nações a oportunidade de que necessitam. 
É a essa organização que muitas pessoas irão recorrer em momentos de crise, quando perdem toda a confiança na ordem social existente e estão desesperadas ou com raiva.

 Uma organização revolucionária não deve buscar ser apreciada, mas sim respeitada, e não deve ter aversão a ser odiada e temida.
Subestimar o adversário leva ao excesso de confiança, daí ao descuido e à derrota.

 Os revolucionários, portanto, precisam estar bem informados sobre tecnologias de espionagem e escuta telefônica, e precisam ter capacidade técnica para se defender contra seu uso ilegal.
É bem possível que, dentro de algumas décadas, as forças policiais e militares sejam compostas, em grande parte, por robôs. Estes, presumivelmente, serão imunes à subversão e não terão inibições de abater manifestantes.

Um dos erros mais graves que as pessoas cometem ao pensar sobre o desenvolvimento das sociedades é presumir que os seres humanos tomam decisões coletivas por livre e espontânea vontade e podem impor essas decisões à sua sociedade, como se a volição humana fosse algo existente fora das estruturas organizacionais da sociedade e capaz de agir independentemente dessas estruturas. Na realidade, a vontade humana é, em grande parte, um produto das estruturas organizacionais da sociedade, pois um dos fatores mais importantes que determinam o sucesso de uma organização é sua capacidade de gestão de pessoas, ou seja, sua habilidade de induzir as pessoas a pensar e agir de maneiras que atendam às necessidades da organização.
Se alguém souber de algo bom que a IA faz para sociedade, avise-me porque estou por fora. Só vejo o enriquecimento exacerbado e a tomada do poder de seus criadores.

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