sábado, 1 de maio de 2010

Tartarugas podem voar



Às vezes me pergunto, será que o inferno é aqui e a gente não sabe?

Na mostra "Fronteiras", do Cinusp, passou o filme "Tartarugas podem voar", sobre um campo de refugiados curdos, no Iraque, crianças que trabalham desativando minas e vendendo no mercado negro para sobreviver, a maioria delas já essão mutiladas por causa das minas, perderam suas famílias e estão à mercê do acaso.
A história dos curdos é muito triste, é um povo sem nação, a área que eles reinvidicam como terra, é muito rica, tem petróleo, como sabemos, será impossível de eles conquistarem, então eles vivem entre o Afeganistão, Irã e Iraque e sofrem todos os tipos de abusos, de todos os crimes contra a humanidade eles já foram vítimas.
A menina com aproximadamente 12 anos foi estuprada pelo exército de Sadam e teve um filho cego que ela odeia.
O menino cego deve ter uns dois anos, não teve uma vez que ele aparecia e eu não chorava que nem uma louca.
Tem também o menino sem braço, ele tem previsões, tanto que as pessoas acreditam mais nele do que na notícia que passa na TV, ele ajuda a menina cuidar do menino cego, todos na aldeia acham que os três são irmãos.
Outro menino é o "Satellite", uma criança que já é um líder, ele monta as parabólicas para as pessoas terem acesso à TV, troca mina por armas e é respeitado até pelos velhos, sabe umas palavras em inglês e as pessoas acham que ele pode comunicar com os soldados americanos.
É um filme muito triste, chorei rios e entrei em depressão, às vezes quando lembro do ceguinho eu choro sozinha. O pior é ver que ninguém faz nada por elas, são apenas crianças...

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