Para a leitura do mês de janeiro do grupo Our Book Shelves, no Goodreads, nos lemos o livro de memorias "My Life On The Road", da escritora, jornalista, feminista interseccional, militante e fundadora da revista Ms, Gloria Steinem. Eu comprei o e-book na Kobo Store, em inglês porque ainda nao tem traduçao nem para o português, nem para o francês.
O livro é dividido em 7 capitulos:
I - My Father's Footsteps
Narra sua infância na estrada. Seu pai tinha um vendia quinquilharias para antiquarios, eles nao tinham residência fixa e ela nunca tinha ido à escola até entao, mas sabia ler. Aos 10 anos, seus pais se separaram, ela e a irma foram morar com a mae e seu pai continuou na estrada até vir a falecer.
A estrada te força a viver no presente |
Mulher na estrada |
II - Talking Circles
Neste capitulo era fala que queria ser o oposto de seu pai, queria ter um lar, mas a vida levou-a para o mesmo caminho de andanças. Apos o término da faculdade, nos anos 50, foi para a India sozinha. Ja falei deste capitulo aqui.
III - Why I don't drive
Neste capitulo, eu identifique-me muito com ela porque como ja sabem, nao quero ter carro por motivos politicos e ecologicos. Ela também nao dirige e a explicaçao é muito boa. No começo ela achava que tinha que dirigir porque nao queria ser como sua mae, uma passageira passiva, achava que ter um carro era sinal de independência e liberdade. So que ela percebeu que sendo passageira em um taxi, ela aprende mais com as pessoas, vê uma vida que é diferente da dela e ainda pode ver a paisagem pela janela. Fala também que o escritor de "On the Road", Jack Kerouac nao sabia dirigir, so datilografar.
IV - One Big Campus
Neste capitulo, ela fala de palestras que deu em universidades americanas, a recepçao das pessoas, às vezes de forma respeituosa e às vezes sendo hostilizada no meio acadêmico por grupos intolerantes. Foi indo aos campi que ela percebeu como é dificil ser mulher e estudante, fala dos inumeros estupros que acontecem, a intolerância contra a comunidade LGBT, etc.
Em Harvard, a melhor faculdade do mundo, na época que ela ministrou a palestra apenas 7% dos estudantes de Direito eram mulheres e eram vitimas de assédio, de humilhaçao pelos seus colegas do sexo masculino, como descreve abaixo:
Se em Harvard, ja era assim, imagina na Universidade do Texas, localizada na Bible Belt (regiao de cristaos fundamentalistas), era de dar nojo.
V- When The Political is Personal
Neste capitulo ela narra sua experiência durante as eleiçoes americanas, trabalhando como jornalista, militando pelo feminismo ou apoiando candidatos que respeitavam os direitos das mulheres e de minorias.
"I can hear my mother saying: "Democracy is just something you must do everyday, like brushing your teeth"".VI - Surrealism in Everyday Life
"Voting isn't the most you can do, but is the least. To have democracy, you have to want one."
Neste capitulo ela fala de coisas que vivenciou que parecia surreal, total absurdo, mas era bem real. Gostei da historia das freiras feministas (ainda vou fazer um post sobre freiras porque elas sao otimas)
VII - What Once Was Can Be Again?
Neste capitulo ela narra sua experiência entre os nativos dos EUA e o que ela aprendeu com a cultura. É um capitulo muito tocante.
Diferença entre ser matrilineal e matriarchal
Outros fragmentos que grifei:
Feminismo x Midia
As questoes têm bem mais que dois lados. A midia nao é a realidade |
Para terminar, é um livro muito interessante para quem quer conhecer um pouco sobre a Gloria Steinem e o feminismo americano.
A Emma Watson entrevistou a Gloria, eis aqui o resultado:
Oi Ana, tudo bem?
ResponderExcluirSobre o livro da Gloria Steinem (My Life in the Road) gostaria de saber se você achou uma leitura tranquila (estou um pouco enferrujado no inglês).
Obrigada
Oi Lais,
ExcluirEu leio muito em inglês, tenho um nivel avançado. Nao achei dificil. Se você tem um nivel intermediario vc consegue ler tranquilamente. Bjo