quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Amor em 4 atos

Marjorie - Ela faz cinema

 Essa minissérie foi tão bonitinha! São episódios baseados nas músicas do Chico Buarque. O episódio que eu mais gostei foi "Ela faz cinema".
Por quê só na casa dos outros que aparece pedreiro bonito? O Malvino Salvador arrasou quebrando parede. Adorei a participação do Cacá Rosset também


A música "Mil Perdões" do Chico que adoro (pela dose de sarcasmo contida na letra), estava no episódio "Meu único defeito foi não saber te amar" o mais chatinho de todos, valeu pela música e pelo Dalton Vigh ;)
Ela faz cinema
(Chico Buarque)

Quando ela chora
Não sei se é dos olhos para fora
Não sei do que ri
Eu não sei se ela agora
Está fora de si
Ou se é o estilo de uma grande dama
Quando me encara e desata os cabelos
Não sei se ela está mesmo aqui
Quando se joga na minha cama
Ela faz cinema
Ela faz cinema
Ela é a tal
Sei que ela pode ser mil
Mas não existe outra igual
Quando ela mente
Não sei se ela deveras sente
O que mente para mim
Serei eu meramente
Mais um personagem efêmero
Da sua trama
Quando vestida de preto
Dá-me um beijo seco
Prevejo meu fim
E a cada vez que o perdão
Me clama
Ela faz cinema
Ela faz cinema
Ela é demais
Talvez nem me queira bem
Porém faz um bem que ninguém
Me faz
Eu não sei
Se ela sabe o que fez
Quando fez o meu peito
Cantar outra vez
Quando ela jura
Não sei por que Deus ela jura
Que tem coração
e quando o meu coração
Se inflama
Ela faz cinema
Ela faz cinema
Ela é assim
Nunca será de ninguém
Porém eu não sei viver sem
E fim.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

São Paulo, meu amor!


Dia 25 de janeiro é o niver de Sampa, minha cidade amada. Sou paulistana e são-paulina, graças a deus! Sampa não conquista logo de cara, pelo contrário, assusta. É uma cidade cinza, poluída, concretada, cheia de pontes, túneis, um vai-e-vem de carros, pessoas e helicópteros sobre nossas cabeças, motoboys entre os carros, o malabarista disputando espaço com o menino vendedor de balas que deve ser irmão do flanelinha e filho do vendedor de flores. É possível termos as 4 estações em um só dia: chove, faz frio, faz calor. Aqui é Babilônia, Sodoma e Gomorra ao mesmo tempo agora. Cabe de tudo: mansões, prédios, casas de vilas, favelas. É estar sozinho em meio a multidão. É nunca dizer bom dia, não saber puxar conversa e nem dar um abraço, é ser crítico e arrogante a maior parte do tempo. É ter tantas opções de cinemas, teatros, restaurantes, mas nunca sair de casa porque tem uma paranoia em relação à violência. É viver no constante stress e pressão, não confiar em ninguém. Poder ir à farmácia, supermercado de madrugada, sempre temos a opção "aberto 24 horas". É não ter ideia dos nomes de seus vizinhos do prédio, é pegar ônibus com as mesmas pessoas e jamais saber onde elas trabalham e quem são. Ficar no trabalho até mais tarde para esperar passar a hora do rush, ficar 3h no trânsito para chegar no trabalho, impossível a vida social porque ninguém tem tempo e ninguém chega na hora do combinado. Aqui o relógio é apressado, tudo acontece mais rápido, como se 24h fosse pouco para darmos conta de tudo. Parece loucura? É loucura. Todo paulistano é tão esquisito quanto São Paulo, como diz a letra de "Sampa", do Cetano Veloso: "É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi". Nem quem nasce aqui nada entende, imagina quem vem de fora e vê o tamanho disso tudo, a 3ªcidade do mundo.
Mas apesar dos pesares é o melhor lugar para estudar, fazer cursos e arrumar um trabalho qualificado. Toda vez que saio daqui quero voltar o mais rápido possível, não aguento a calmaria dos outros lugares. Estou adaptada à Paulicéia Desvairada. Porque és o avesso do avesso, do avesso, do avesso...

PS: Indico o filme "Bem-vindo a São Paulo", é no mesmo estilo de "Paris, je t'aime" e "I love NY", mas o de São Paulo foi o 1º dessa trilogia, juntaram alguns cineastas estrangeiros e nacionais, 18 no total, cada um mostrou sua percepção da cidade.
A partir do marco zero, na Praça da Sé, mostra a diversidade cultural de imigrantes e retirantes, as ruas do centros, o "minhocão", o "treme-treme", os catadores de papelão, os meninos de rua, o "Ceagesp", as feiras, o bairro da Liberdade, a Av. Paulista, São Paulo dos tempos do café, o crescimento acelerado, "make money", os travestis, as modelos, os sonhos e os pesadelos de quem mora aqui.



São, São Paulo meu amor
São, São Paulo quanta dor
São oito milhões de habitantes
De todo canto em ação
Que se agridem cortesmente
Morrendo a todo vapor
E amando com todo ódio
Se odeiam com todo amor
São oito milhões de habitantes
Aglomerada solidão
Por mil chaminés e carros
Caseados à prestação
Porém com todo defeito
Te carrego no meu peito
São, São Paulo
Meu amor
(São Paulo, meu amor - Tom Zé)

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Ballerinas' thriller

Coincidentemente esta semana assisti a dois filmes sobre bailarinas, mas não era um filme de apresentação de lindos espetáculos, pelo contrário, os dois são thrillers mesmo. O "Black Swan" e o "Suspiria".

O "Black Swan" tem atores ótimos: Natalie Portman, Vicent Cassel e participação especial da Winona Ryder. Um grupo de ballet vai fazer uma montagem da ópera dramática "O Lago dos Cisnes", de Tchaicovsky. Thomas (Vicent Cassel) é o diretor e escolhe Nina (Natalie Portman) para ser a 1ª bailarina que vai representar o cisne branco e o cisne negro. Ela sente a pressão da responsabilidade, o cansaço físico e mental devido à horas intermináveis de ensaio, deixou-a com visões distorcidas da realidade, ela começa a ter umas paranoias. A Natalie Portman dedicou-se muito para o filme, emagreceu demais (está anorexa quase) e interpretou magnificamente uma pessoa com transtornos.
PS: Coloquei na foto acima, a tatuagem da atriz Mila Kunis, como sabem, adoro tattoos. Não sei se essa é de verdade ou é fake, mas ficou bem bonita.



O "Suspíria", do diretor italiano Dario Argento, é um terror e rola bruxaria e muito sangue. Uma bailarina sai dos EUA para estudar em uma escola de ballet na Alemanha, chegando lá ela percebe um clima meio tenso, acontece umas coisas esquisitas, ela começa a investigar o que está por trás de toda aquela loucura.

Eu gosto de filmes de horror e de bailarinas, portanto, super indico os dois!