segunda-feira, 29 de junho de 2015

It's now or never...


Tem de acontecer, porque tem de ser
E o que tem de ser tem muita força
E sei que vai ser, porque tem de ser
Se é pra acontecer, pois que seja agora

Esse é meu problema, ser imediatista, querer tudo para ontem. Tenho que parar de optar pelo caminho curto. Nos atalhos têm tanta pedra no caminho, tantos galhos, subidas e descidas que no final final a gente chega mais cansado do que se fosse pelo caminho longo e plano. Quem vai pelo atalho nao sobrevive.
Nilton Bonder - A alma imoral
Porém a musica imediatista é linda, adoro a banda, os dançarinos, o sotaque português....

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Mano, que zica...




Que poha de virus Zika é esse? Nunca nem ouvi falar.
Essa é uma das coisas que vc so descobre que existe no Brasil, quando vc esta fora dele...



terça-feira, 23 de junho de 2015

Vida de exilado

Estou lendo o livro "A alma imoral", do rabino Nilton Bonder, que uma ex-profa me indicou ha muito tempo. Gostei da parte que ele fala da saida do povo hebreu do Egito e da propria definiçao de Egito. Acho que todo imigrante se identifica com isso.

 É muito tensa essa sensaçao dos portoes do passado fechados e os do futuro que ainda nao estao abertos. Os dois estao fechados e vc ali no meio inclausurado, encurralado, acampado.

Nem te conto em qual acampamento eu me encaixo, quem me conhece na vida real vai saber logo de cara...

Para finalizar:

O sair do Egito nao serve so para imigraçao, serve para vida pessoal, profissional, entre outras.

domingo, 21 de junho de 2015

3 anos no Québec



O Igor, quando ainda blogava, colocou essa tabela no blog dele, sobre um estudo psicologico de imigrantes:

clique na imagem para ampliar
Segundo o estudo, estou saindo da fase de adaptaçao que é a pior fase, tive varios desses comportamentos, mas agora entro na fase de reconstruçao, posso respirar aliviada, agora vai...

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Si maman si...


Si, maman, si 
Si, maman, si 
Maman, si tu voyais ma vie 
Je pleure comme je ris 
Si, maman, si 
Mais mon avenir reste gris 
Et mon cœur aussi


segunda-feira, 15 de junho de 2015

Orphan Black + A ilha do Dr. Moreau

Amo séries e amo livros e quando a série que eu adoro fala de um livro, claro que ja li porque sou altamente influenciavel neste sentido.

A série

Orphan Black é uma série canadense de ficçao cientifica. Tudo começa quando Sarah vê uma mulher igualzinha a ela se jogando nos trilhos do metrô, entao ela pega os pertences da suicida e passa a viver com a sua identidade. Sarah descobre que existem outros clones iguais a ela pelo mundo que estao sendo perseguidas por uma organizaçao.


Minha clone favorita é a Cosima, uma geek, cientista biologa, mas na terceira temporada estou gostando bastante da Alison que era uma dona de casa songa-monga e agora sua personagem esta muito hilaria.
Momento ostentaçao e twerk da Alison e Donnie (melhor cena dos dois)
A Helena também nao tem como nao amar essa criatura com sotaque esquisito e toda esquisita, né sestra?
Helena
Outra personagem que amo de paixao é a doutora Delphine Cormier (francesa) que trabalha com a Cosima no Instituto Dyad.

Tem os clones do projeto Castro, mas nao consigo me simpatizar com eles, mesmo adorando o ator, acho que ele esta sendo mal aproveitado,os roteiristas deveriam melhorar a historia deles, principalmente do Mark que é o mais humano (nao sei se ser humano é vantagem) simpatico dos irmaos.



O livro "A ilha do Dr. Moreau"

É um livro de ficçao cientifica, escrito pelo H.G.Wells, em 1896. Edward Prendrick é um naufrago que foi resgatado em alto-mar pelo Montgomery que estava em um navio indo para uma ilha tropical com um monte de animais no cargueiro. 
Montgomery era assistente do Dr. Moreau, um cientista sadico que fazia experiências com animais através de cirurgias, hipnose e vivissecçao (dissecaçao de animais vivos, no caso dele, sem anestesia). 
Pendrick relata como era a vida na ilha, as experiências com todos aqueles animais monstros "humanizados", criados pelo Dr. Moreau. Sim, ele tentava transformar animais em humanos.

trecho do livro falando da vida dos bichos antes e depois
"Um animal pode ser feroz e sagaz, mas so um homem pode mentir"

Gostei bastante do livro, li a versao em francês, ele é meio aterrorizante, faz uma espécie de denuncia contra a falta de ética nas pesquisas e o que tudo isso pode desencadear.

O livro na série Orphan Black





Na série, pode ser que a cura da Cosima esteja nas paginas deste livro, em forma de codigos escritos pelo Professor Duncan, criador dos clones. Professor Duncan e Dr. Moreau sao bem parecidos, nao?
Na época do Dr. Moreau, os estudos eram direcionados para a cirurgia e o transplante, criavam Franksteins. Hoje a preocupaçao é com a decodificaçao genética e os clones. Ja criaram uma orelha humana nas costas de um rato, ja fizeram ovelhas que brilham como vagalumes ou mesmo clonadas (Dolly) e alimentos geneticamente modificados.

Meu desgosto pelo H.G.Wells

Eu tenho um dilema na minha vida: como separar o profissional do pessoal? Eu admiro muito alguns cineastas, escritores, artistas, mas sao pessoas que eu nao suporto, criei antipatia por eles, mas nao pela criatividade e o trabalho deles, como: Woody Allen, Charles Bukowski, Roman Polanski, Charles Chaplin e agora pelo H.G.Wells que era contra a falta de ética na ciência, mas parece que na literatura ele nao tinha a mesma opiniao.
Uma coisa sempre leva a outra, a série me levou ao livro, que me levou ao autor, que me levou a conhecer uma das 100 mulheres mais influentes do Canada, Florence Deeks.
H.G. Wells era um escritor britânico bem conhecido, vendia bastante suas obras, tinha uma equipe de assessores que trabalhava com ele.
Quem leu o ensaio da Virginia Woolf, "Um quarto so seu", sabe como era dificil ser uma escritora. Segundo ela, a mulher nao tinha nem um quarto so dela para dedicar à escrita, muito menos recursos financeiros para se manter enquanto escrevia. Muitas mulheres trabalhavam na area de pesquisa e educaçao e o salario delas iam para o marido ou pai e até para consultar os arquivos em uma biblioteca tinham que ter uma autorizaçao por escrito do marido ou do professor.
Do outro lado do mundo, nos cafundos do Canada, tinha uma escritora e professora desconhecida, a Florence Deeks, que escreveu um livro chamado "The web". É um livro que conta a historia da humanidade e a contribuiçao das mulheres na historia. Ela passsou quatro anos de sua vida pesquisando e escrevendo o tal livro, mandou-o para uma editora britânica (na terra do sr. Wells), ele foi devolvido à autora um ano depois, a editora indeferiu e ele nunca foi publicado.
Para surpresa de Florence, no ano seguinte H.G.Wells lança um livro pela mesma editora, com o titulo "The Outline of History", neste livro tem muita coisa parecida com o seu proprio livro. Inconformada, ela apela para a Corte Suprema de Ontario, que nao deu em nada. Em seguida, apela para um comitê juridico de Londres, ela nao tinha nem dinheiro para contratar um advogado e alguns custos foram pagos pelo seu irmao. Ela acusou o Wells de plagio, na época nao tinha leis que protegiam a propriedade intelectual, direito autoral, etc. O juiz disse que os livros eram parecidos porque as pesquisas dos dois foram feitas na mesma fonte e nao tinha como provar que Wells ou sua equipe teve acesso ao livro da Florence. Quem era a mulher na fila do pao, né? Uma desconhecida contra um poderoso, uma luta de Davi e Golias que diferente da biblia, na vida real so Golias ganha. Leia mais sobre esta historia aqui (em inglês)
Nao tiro o mérito do Wells como escritor (se é que ele escrevia mesmo, talvez o mérito seja mais dos seus assessores, vai saber). Melhorando o raciocinio: nao tiro o mérito dos livros publicados no nome dele, sao obras muito interessantes que valem a pena ler, mas ele caiu muito no meu conceito.
Pior que esse negocio de plagio nao é coisa antiga nao, lembram do babado dos livros "A vida de Pi" e o "Max e os felinos"? O autor canadense se dando bem em cima da ideia do autor brasileiro Moacyr Scliar? 


As imagens usadas no post sao do Pinterest e do melhor Tumblr da série, The clone club.

sábado, 13 de junho de 2015

Maldito pesadelo atormentador

Tenho sonhado repetidas vezes que meus dentes estao caindo. Parece tao real que acordo e ponho a mao na boca para ter certeza que eles ainda estao la.
Isso me incomodou a ponto de eu procurar no Google o significado desse sonho. Claro que os sites nao sao confiaveis, sao videntes, psicologos de internet, etc.
Consulte um psicologo de verdade, se vc tem problemas (isso é so pra rir um pouco das proprias "miséras", nao levem tao a sério este post)

Achei uma resposta que condiz exatamente com meu atual estado de espirito:

"Perder os dentes pode significar inconscientemente estar perdendo a autoestima, o valor agregado ao próprio rosto.
Assim, sonhar que os dentes caem pode traduzir uma sensação de fragilidade em alguma fase da vida, bem como a dificuldade de se comunicar, se aproximar das pessoas.Se as coisas saem de nosso controle, por exemplo, se alguma situação externa nos mina, é comum os dentes caírem nos sonhos, para nos mostrar que é hora de agir para mudar a situação.
Nossos sonhos sempre são “conversas”, são alertas do nosso inconsciente, para que prestemos atenção em nós, e em como estamos conduzindo nossas vidas". 
Achei que essa definiçao também faz todo sentido:


"Por outro lado, dentes são osso, ou seja, dentes falam de estrutura. E daí vem a associação com segurança, com tudo o que representa segurança e que nesse momento pode estar faltando para você. Mudar de casa, mudar de trabalho, mudar sensivelmente a vida pessoal ou querer processar essas mudanças podem trazer sonhos com dentes se não nos sentimos suficientemente seguros para dar conta do recado. Pode ter a ver com segurança financeira, pode ter a ver com algum projeto novo de vida para o qual você não se sente preparada". 

Agora so me resta fazer mais algumas perguntas ao oraculo Google:

  • O que fazer quando as coisas saem do meu controle? Tem coisa que nao depende so do meu esforço pessoal, depende que o universo conspire a meu favor, depende de terceiros, etc.
  • Como se aproximar das pessoas com facilidade? Prefiro Netflix, livros, sao mais legais...
  • Perdendo a autoestima? Como posso perder algo que nunca tive?

me falta segurança...

Pela minha resistência, acho que vou continuar sonhando por muito tempo com a minha perda de dentiçao. Nem queiram estar nos meus sonhos, se nem a Sofia Vergara consegue ser bonita sem dentes, imagine eu...

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Talvez seja simplesmente a hora de criar vergonha na cara começar a ler "A Interpretação dos Sonhos", do Freud, pelo menos é mais confiavel como fonte, eu sei que la vai dizer que é algum trauma de infância ou um desejo reprimido... Oremos!

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Ta tendo copa....

Ta tendo Copa do mundo de futebol aqui no Canada, so um detalhe, é futebol feminino... Elas nao têm a notoriedade, nem a audiência nas midias, nem o salario, nem a boa vida que têm os jogadores homens. O custo do ingresso para os jogos é de $20, se fosse o masculino custaria 90% mais caro.

Estou torcendo para o Canada e o Brasil. Até o momento, o Canada ganhou de 1x0 da China e o Brasil ganhou de 2x0 da Coreia.

Equipe do Canada
Equipe do Brasil
Se a equipe alema masculina humilhou o Brasil, é porque vcs nao viram as "alemoas", maquinas mortiferas, ganharam de 10x0 da Costa do Marfim.

Hoje (11/6) tem jogo do Canada x Nova Zelândia e sabado (13/6) tem Brasil x Espanha, no Estadio Olimpico de Montréal (nessas horas que me pergunto porque nao moro em MTL, os melhores babados acontecem là bas).
Boa sorte à todas equipes, todas ja sao vencedoras...

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Quando o francês era uma ameaça ao português

A Biblioteca Brasiliana, da Universidade de Sao Paulo, tem um rico acervo de obras digitalizadas e que podem ser consultadas on-line. Entre estas obras, achei o livro "Gallicismos, palavras e phrases da lingua franceza introduzidas por descuido, ignorancia ou necessidade na lingua portugueza : estudos e reflexões", de Joaquim Norberto de Souza e Silva, publicado em 1877 (consulte-o aqui). O intuito deste livro era de denunciar os excessos do francês na lingua portuguesa. Como vocês sabem, os letrados, estudiosos da lingua nao poupam no vocabulario, muitas vezes sao prepotentes e preconceituosos ao demonstrarem o descontentamento em relaçao à intrusao de neologismos e os "idiotismos" na nossa lingua. Lendo este livro, percebi que a ideia preconceituosa que "francês é coisa de viado (maricas)" vem dessa época ai. Seguem alguns trechos:


 Ler os classicos era um privilégio para poucos, os que nao tinham acesso aos bons livros, nao poderiam zombar (escarnecer) dos que tinham e estudavam a fundo o português:



Este livro, apesar dos pesares, ainda é muito interessante, pude reter o que é bom, na terceira parte tem um glossario de palavras que vieram do francês para o português, ha algumas explicaçoes sobre as origens das palavras, entre outras curiosidades. O unico defeito é que esses homens eram muito esnobes, querem te fazer sentir um lixo por nao fazer o bom uso da propria lingua-mae.

O francês tinha uma grande influência nas artes, literatura, diplomacia, nas guerras, na enfermagem. Era o idioma facilitador entre as naçoes, assim como o inglês é hoje.
O português escrito mudou bastante em 138 anos, nao escrevemos mais assim como eles escreviam, ou seja, a lingua é mutavel e flexivel, tanto na escrita quanto na fala, ela sofre influência de varios outros idiomas, dos neologismos, das girias, das expressoes, etc.

"Eu nao sou nada, eu sei, mas eu formo o meu nada com um pedacinho de tudo"

De um lado, entendo a preocupaçao dos linguistas em defender o idioma, em criar regras gramaticais, mas também entendo as pessoas, afinal sou uma delas, que acabam deturpando a lingua, ora por ignorancia, ora por facilidade. Infelizmente nao tive o privilégio de ler os classicos, nao estudei latim, nem grego, tenho prefêrencia por linguas modernas, falo e escrevo porcamente algumas delas.
Em um mundo globalizado, prefiro falar mais ou menos varias linguas do que ser obcecada em falar perfeitamente o português. Para mim, é uma questao de sobrevivência saber comunicar-me com o mundo atual. Confesso que nao me esforço o suficiente para defender o português.
Se antes ja era dificil controlar os estrangeirismos, imagine hoje com a internet, com a tecnologia que cria novos vocabularios técnicos tao rapidos que nao da nem tempo de fazer a traduçao.
Por ironia do destino, hoje sao os francofonos que tentam se defender do anglicismo, vejam esta campanha: (aff, cara chato, mas às vezes me pego falando como ele).





PS: Faltam alguns acentos no meu teclado (que é francês! rsrs), Peço desculpas antecipadas aos que se sentiram ofendidos ao me ver escrever em português sem acentuar algumas palavras, reconheço o despautério. 

terça-feira, 9 de junho de 2015

Sense 8

Às vezes me pego pensando: Quem sao essas pessoas que aparecem nos meus sonhos? A gente interage tao bem, mas na vida real eu nunca as vi. Sera que elas existem? Por que estamos conectados com elas?
De repente, damos um suspiro profundo do nada, como se estivessemos sentido algo que nao estamos.
E a sensaçao de déjà-vu? Aquela impressao de reconhecer um lugar que nunca estivemos antes ou de um rosto parecer tao familiar, de querer comer algo que temos a sensaçao de ter comido antes.
Sabe aquele momento que você esta com um problema enorme e nao sabe como resolver e do nada você tira forças para lutar e consegue resolvê-lo misteriosamente e rapidamente?
Apesar do progresso da ciência, ha mais mistérios desconhecidos que conhecidos. Enquanto a ciência nao responde, a gente se contenta com a ficçao cientifica respondendo de um jeito magico.
Sense8 (é um jogo de palavras com sensate= atento e tb significa 8 sensiveis) é uma série de ficçao cientifica, lançada no Netflix, dirigida pelos irmaos Lana et Andy Wachowski (diretores de Matrix). Tudo começa quando oito pessoas sensiveis, de oito lugares diferentes do mundo têm o mesmo sonho com a Angel (Daryl Hannah), ela esta em uma igreja em ruinas sendo ameaçada por uns homens de uma certa organizaçao perigosa. 
Estas pessoas estao ligadas mentalmente e sao capazes de se comunicar como se estivessem no mesmo lugar.


Tem o perueiro e fa dos filmes do Van Dame que cuida da mae soropositiva no Quênia, a empresaria e lutadora de artes marciais da Coreia (interpretada pela a atriz Bae Doona que atuou nos filmes em Air Doll e Sympathy for Mr. Vengeance), a hacker e o policial americanos, o ator mexicano, a farmacêutica indiana, a Dj islandesa que mora em Londres e o criminoso alemao (interpretado pelo ator Max Riemelt que atuou no filme "A onda"). Tem também a participaçao do Naveen Andrews (Lost e O Paciente Inglês), seu personagem Jonas, eu nao sei muito bem qual é a dele, porque ele nao faz parte dos oito sensiveis, mas consegue se comunicar com eles e ajuda-los, como se fosse um guia.

Trailer:

Eu adoro a diversidade nesta série, os personagens dos paises pobres como o africano que tem lutar para conseguir os remédios pra mae, denuncia a industria farmacêutica, os remédios falsos que sao vendidos a um preço alto e que nao fazem nenhum efeito, denuncia a guerra, a pobreza e tudo o que as pessoas fazem para sobreviver. Na India, fala sobre o casamento arranjado, das classes sociais, da religiao, etc. No México, fala da violência contra as mulheres e os gays. Na Coreia, fala do machismo nas corporaçoes, tem uma cena otima na cadeia em que as mulheres so estao la porque precisaram se defender dos homens. Tem a personagem americana que é uma transexual, gosta de ser mulher e se relaciona com mulher, mostra toda violência que ela sofreu pra ser o que ela é hoje. Tem a personagem que vive em Londres, no mundo das drogas, sempre fragil. Sao historias de gente comum, que lutam pra sobreviver em um mundo caotico e preconceituoso, mas sao sensiveis à dor do outro, como diz no cartaz da série, "I am we", eu sou nos.
Eu, como amante de ficçao cientifica, adorei. Espero ansiosamente pela segunda temporada, enquanto ela nao vem, vou assistindo em looping esta cena linda, quando todos começam a cantar What's up, 4non blonds, cada um no seu pais, mas conectados como se estivessem juntos.


domingo, 7 de junho de 2015

Sobre terminar a faculdade e continuar vivendo

Vampira feliz
Feliz por ter acabado a faculdade, saiu um peso enorme das minhas costas. Porém estou cheia de olheiras das noites mal dormidas, cheia de espinhas, deve ser estresse, ma alimentaçao, hormonios desregulados, etc. Palida por nao ver o sol durante o longo inverno. Sinto-me um vampiro saindo da tumba depois de seculos. GIMME BLOOD!!!!

De um lado feliz por cumprir esta etapa, fiz o estagio obrigatorio nao remunerado durante 3 meses, la na PQP, bem longe de onde moro. Agora vem a parte mais dificil: depois que tiver meu diploma em maos, tenho que me tornar membro da Associaçao dos arquivistas do Québec, para isso tenho que pagar um valor anual de membro, consultar um conselheiro de la e so depois de muito penar nos networks da vida, poderei trabalhar na minha area  (porque aqui vale mais o QI de "quem indica" que o QI de "quociente de inteligencia").

Quem vai me indicar se sou uma #foreveralone? Nao conheço muita gente e tenho pavor de reuniaozinha de integraçao, happy hour profissional e ter que me aproximar das pessoas por interesse, mas farei toda essa démarche, ativarei a atriz que habita em mim e vou fazer um social, atravessar essa via crucis pra conseguir o que quero. Haja valium e vodka!


Antes mesmo de terminar a facul, ja tinha enviado mais de 20 CVs e tive zero de feedback, mas a conselheira do MIT disse que nao é assim que se faz, eu preciso do diploma pra provar que terminei o curso (leva um tempo pra ele ficar pronto), disse que preciso fazer um curso de integraçao de 3 semanas (estou na lista de espera, nao sei nem quando vai começar), entao vou aguardar, né? E cadê a calma nessas horas? A ansiedade ainda me mata. Eu sei que fui muito ingênua achando que sairia da facul direto pro mercado de trabalho na minha area, as pessoas dao risada da minha cara quando digo que queria estar empregada um mês depois do término do curso. Eu tenho pressa, mas os empregadores nao.


Segundo o site Emploi Québec, a perspectiva de trabalho nessa area é favoravel até 2017, porém, na vida real, as pessoas que terminaram antes de mim, muitas nao estao trabalhando e isso me desmotiva um pouco, mas nao desisto jamais. Se tem uma pessoa que desafia a vida e suas artimanhas, essa pessoa c'est moizinha!

Apenas observando meus CVs sendo amassados nos RH


No momento vou trabalhar com n'importe quoi, mas nao vou desistir de trabalhar com que eu quero, afinal gastei muita grana, gastei meu tempo e minha paciencia fazendo esse curso, nao tenho grandes ambiçoes, nao quero ser chefe de nada, nao quero ser lider, nao quero sentar na cadeira do presidente, o minimo que espero é conseguir uma vaguinha na minha area, pode ser na area de digitalizaçao de documentos, de montar as caixas, de organizar a paperasse, bem basiquinho no começo. É pedir muito? Sou muito exigente? Depois de tudo que passei, acho que mereço sim.

É uma liçao ardua da vida e dificil de aprender: as coisas nunca sao do jeito que a gente planeja e deseja, muito menos no tempo que a gente acha que tem que ser. Agora é engolir o choro e se adaptar ao que a vida tem a oferecer. Veremos!
Melhor conselho de cartas ever! Seguirei sem pestanejar

Como disse Clarice, talvez o mundo inteiro tenha que se transformar para eu caber nele porque com a situaçao fora do meu controle fica dificil de eu caber no mundo.



sábado, 6 de junho de 2015

Indo de NY para Montréal de trem

Continuando o post de viagem do ano passado, (primeira parte aqui). Saimos de NY, rumo à Montréal de trem. Ja tinhamos comprado as passagens com antecedência no site da Amtrak. É a opçao de transporte mais demorada, sao 11h de viagem, custou U$ 201 as três passagens, ou seja U$ 67 por pessoa. Qual é a vantagem? Olhar a paisagem no outono, as arvores coloridas, os lagos, as cidadezinhas, as fazendas e o melhor, colocar o papo em dia com as amigas, estavamos ha mais de 2 anos sem nos vermos.
Nao recomendamos a comida do trem, além de cara é ruim, a maioria dos passageiros levaram seus proprios lanches, bobeamos.
Deu até vontade de morar na roça do Québec, mas essa ideia me fez lembrar do filme do Xavier Dolan, baseado na peça teatral escrita pelo Michel Marc Bouchard, "Tom à la ferme", acabei desistindo, vai que eu cruzo com um sujeito tipo esse da foto....rsrs Mentira, nao vou porque nao sei trabalhar na roça, nao sei ser boia-fria, nao sei mexer com bicho, nem com plantaçao, nem com colheita, nem dirigir trator, nem consigo acordar com o cantar do galo, na verdade essa é a hora que vou dormir.

Tom à la ferme: Esse cabra é bonitinho, mas ordinario...

Sem mais delongas, vejam o video que minha amiga fez pela janela do trem

Proximo post: Turistando em Montréal

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Ir para New York gastando pouco

Ano passado, no outono, eu e duas amigas que moram no Brasil, fomos para Nova Iorque, Montréal e Québec (onde moro). Como eu era estudante aqui, e para as amigas, o dolar estava 3,5x mais caro que o real no Brasil, decidimos fazer uma viagem bem economica.
Foi uma viagem de Luluzinha, no man allowed.

Transporte

O jeito mais barato para ir para os EUA estando no Canada, é de onibus, mas como eu tinha pressa porque estava tendo aulas, fui de aviao mesmo, mas quem esta com tempo, va de onibus. Chegando em NY, ja tinha comprado antecipado o ticket do New York airport transfer pela internet,  por U$ 12 + taxas, ele parou na Grand Central Station, la comprei o bilhete de metrô e fui para a 116 Street, onde ficamos hospedadas. Quando cheguei, minhas amigas ja tinham chegado do Brasil. Eu sendo eu, moro mais perto e ainda chego atrasada...

Hospedagem:

O hotel mais baratinho em Manhattan custava U$ 1800, 3 pessoas, para 4 dias. Hostel estava U$ 1200. Soluçao: alugar um quarto pelo Airbnb por apenas U$ 465. Vejam a economia! Sem falar que o host era brasileiro, o apê ficava no Brooklyn, do lado do metrô, perto de tudo.

Foto da regiao e do apê que ficamos


Alimentaçao

Poupamos muito nesse quesito também, fizemos compras no supermercado, cozinhavamos, tomavamos café da manha e levavamos nossos lanchinhos nos passeios.

Turistando

Compramos o NY pass pela internet para 2 dias, fomos a varios passeios clichés para turistas. É uma correria fazer muita coisa em 2 dias, quem nao gosta de correr, compra para 5 dias. Veja la no site deles as mais de 80 atraçoes que você pode visitar com este cartao.
Nosso meio de transporte na cidade foi o metrô e nos dois dias com o NY Pass, pegamos aqueles onibus de turista que param em varias atraçoes e o melhor, vc vai conhecendo a historia da cidade e tirando fotos, coisa que se tivesse so no metro, vc nao aproveitaria.
Tiramos um dia para passearmos por conta propria, fomos no Bronx, Harlem, nao façam isso, crianças! Sao bairros perigosos...Tb andamos no Central Park.
O ultimo dia foi para as amigas fazer compras, atendendo a pedidos dos amigos/familiares que ficaram no Brasil. Apenas parem de ficar pedindo coisa pra quem esta viajando.... Me passaram o video dessa menina falando sobre isso, eu rachei de rir, é bem assim mesmo.



Eu nao tenho muita paciencia com NY nao, muito trânsito, stress, mas estando em otima companhia o que custa, né?

Se vc tem dicas de viagem com economia, compartilhe nos comentarios com a gente, pf.

Um pequeno video bem resumido da viagem aqui

Proximo post: como ir de NY para Montréal de trem.




quarta-feira, 3 de junho de 2015

O retorno

Depois de 11 meses voltei porque aqui é meu lugar. Sai porque:

  • Estava intoxicada com as redes sociais e internet em geral, precisava de uma rehab ou de descobrir how to disappear completely (so Radiohead me entende). 
  • Precisava terminar meu curso na facul, ler muito, fazer trabalhos, provas e todas essas chatices acadêmicas que suga o tutano da nossa vida.
  • Por motivos religiosos...

Eu escolhi minha religiao... (a piada so tem graça pra quem entende francês por causa do trocadilho com budismo). Esse Boudisme, vem do verbo bouder que significa demonstrar o descontentamento, o enfado, amuar-se. Sou dessa religiao dos fazedores de bico, insatisfeitos crônicos, nada ta bom, I can't get no satisfaction / 'Cause I try and I try and I try and I try









Preciso parafrasear isso :"A solidao me fez emo, gotica, rockeira, vampira e agora sou das trevas e queria mandar um beijo das trevas para todos que gostam de mim e quem nao gosta pega a Highway To Hell  e va para o inferno" (WESLEY, Carlos)



Mas vamos falar de coisas boas...
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(comecem vocês primeiro)