segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

O segredo

Antes, quando as pessoas tinham segredos que não queriam compartilhar, elas subiam em uma montanha, procuravam uma árvore, faziam um furo e sussurravam o segredo nessa abertura, depois tapavam com barro. Desse modo, jamais alguém descobriria o segredo.
[2046 -Filme dirigido por Won Kar Wai - China]


quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

DL2012: A mesa voadora

Para o Desafio Literário 2012,  escolhi ler no mês de janeiro "A Mesa Voadora", do Luis Fernando Ver!ssimo, 154 págs, editora Objetiva. É um livro super descontraído e hilário. Gente, eu dava altas gargalhadas! São "causos" que envolve comidas, restaurantes, botecos, mercados, churrasco, comidas internacionais, almoço em casa de amigos e parentes, etc.  É dividido em 47 crônicas, vou comentar ou reproduzir os que achei mais engraçados:
No capítulo LA PETITE, ele menciona que a carne está tão cara que chamar os amigos para um churrasco temos que enviar um convite formal, impresso RSVP e para ficar fino, temos que usar os nomes das comidas em francês. Churrasco com farofa = "grillade sur braises avec de la farine de manioc à la graisse"
Caipirinha = La petite femme rustique (mulherzinha rústica= caipirinha, pode não ter graça, mas eu ri feito uma condenada e de agora em diante só falo caipirinha em francês) e de sobremesa, goiabada com queijo vira "confiture de goyave avec du fromage"

O BUFFET
Um dos martírios da vida social moderna é o buffet. Ele nasceu com boas intenções, como resposta à necessidade de alimentar da maneira mais prática o maior número de pessoas com o máximo de elegância possível. Isto é, sem que a festa pareça um rififi no refeitório. 
O COME E NÃO ENGORDA
Ninguém é mais admirado ou invejado do que o come e não engorda. Você o conhece. É o que come o dobro do que nós comemos e tem a metade da circunferência e ainda se queixa:
— Não adianta. Não consigo engordar.
O come e não engorda é meu ídolo.
PS: também tenho ódio mortal deste ser!

DE RESSACA
A ressaca era a prova de que a retribuição divina existe e que nenhum prazer ficará sem castigo. Cada porre era um desafio ao céu e às suas fúrias. E elas vinham— Náusea, Azia, Dor de Cabeça, Dúvidas Existenciais — às golfadas. Hoje, as bebedeiras não têm a mesma grandeza. São inconsequentes, literalmente. 
SALSINHA 2
O que queremos, já, é o direito de escolher. Nosso lema é: não está escrito em lugar algum que um prato só pode ir para a mesa depois de espalharem salsinha por cima de tudo! O lema talvez precise ser melhorado, mas a ideia é esta. Contra a ditadura do supérfluo verde!
O sentimento anti-salsinha é forte. Uma leitora escreveu para dizer que aprendeu o nome de salsinha em várias línguas — espanhol (perejil), francês (persil), alemão (petersilé), inglês (parsley), tcheco (petržel) russo (petruchka, claro) — só para poder recusá-la em todas. 
PS: Até hoje não entendo a fixação de colocarem salsinha em cima das nossas comidas, ninguém merece mesmo! Tirem essa coisa verde do meu prato. Odeio! 
A GORJETA É LIVRE
A gorjeta voluntária é uma espécie de taxa-vexame que você paga ao garçom por ainda existir. Um subomo para ele esquecer tudo e você aplacar sua consciência.É como dizer "eu sei, eu mesmo devia me levantar e ir à cozinha buscar meu prato como mamãe me ensinou, sou uma besta, o mundo é injusto, toma aí para uma cervejinha".
A gorjeta obrigatória desobriga as duas partes, o garçom de babar no seu pescoço e você de ter remorso. Mas também leva a exageros, como a desatenção completa do garçom pelo mundo em geral e pela sua mesa em particular.
Para a publicação não ficar enorme e com muitas citações (afinal o S.O.P.A vai vigiar), outras crônicas que gostei muito foram: "No Cios Normand", "Pratos variados", "Especiarias", "lugarzinho".

Mês que vem tem mais, até lá!

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Desafio Literário 2012


Ai, gente, relutei, relutei, mas não consegui ficar de fora, fui lá e me inscrevi novamente, no post anterior comentei que mesmo lendo os livros está complicado fazer as resenhas, mas vou tentar, os temas estão muito interessantes e não vou perder. Vamos aos temas:


Janeiro
Literatura Gastronômica - mês dedicado ao sabor da leitura. Afinal, leitura sem gosto não tem a menor graça. Em razão disso, propomos um tema leve, divertido e saboroso; sejam em forma de crônicas, poesias, romances, diários, biografia, memórias e demais gêneros que versem sobre a temática da comida.  ATENÇÃO: Livros contendo apenas receitas não valem.
A Mesa Voadora - Luiz Fernando Veríssimo

Fevereiro
Nome Próprio (de pessoas) – existem personagens cujo imenso carisma  ganha logo destaque na capa de um livro.  E a regra do mês é essa: só vale livros cujo título seja um nome próprio - e apenas ele -, exemplo: Quincas Borba, Benjamin, Emma. Vai ser divertido e muito fácil caçar títulos do tipo; seja na estante de casa, de uma livraria ou de uma biblioteca.  ATENÇÃO: apenas nome próprio de pessoas!
Tom Sawyer - Mark Twain

Março
Serial Killer - O tema é autoexplicativo, mas para não dar margem às dúvidas, vamos lá: Literatura policial em que há a combinação de (policiais/detetives), investigação e, claro, homicídios seriados.
Abril Vermelho- Santiago Roncagliolo

Abril
Escritor(a) oriental - que tal explorar a terra do Sol nascente e demais países do Extremo Oriente e do sul da Ásia? Entram em cena os escritores chineses, japoneses, indianos, coreanos, etc...
Minha querida Sputnik - Haruki Murakami 

Maio
Fatos Históricos – Esse mês será destinado à leitura de romances cuja trama apresente acontecimentos que marcaram a história nacional ou mundial. Frisando, apenas romances. Não valem livros de História Geral, nem biografias.
As meninas - Lygia Fagundes Telles

Junho
Viagem no Tempo – romances que abordem a ida de viajantes do  tempo para o passado ou futuro. Se eles voltam ou não, só a história dirá. Em tempo: Livros científicos ficam de fora.
A Mulher do Viajante no Tempo- Audrey Niffenegger

Julho
Prêmio Jabuti –  Esse é o prêmio mais importante do cenário literário brasileiro. E conta com 29 categorias, mas para fins do Desafio literário valem apenas as categorias  Livro do Ano  e  Romance, de qualquer uma das 53ª edições da referida premiação leitura.
Leite derramado - Chico Buarque

Agosto
Terror - O tema impõe a regra: tem que ser história que mete medo.  Pode ser suspense psicológico ou sobrenatural, isto é, valem tanto as histórias com personagens sobrenaturais (vampiro, zumbi, bruxas, lobisomem...) como as narrativas com personagens humanos.
O médico e o monstro - Robert Louis Stevenson

Setembro
Mitologia universal – Romances, poesias, contos que abordem mitos e lendas de culturas distintas (brasileira, Greco-romana, céltica, indiana, mexicana, nórdica, etc...).  É um universo de opções!!! Mas até que Setembro chegue, há um bom tempo para a pesquisa e aquisição. É manda ver.
Ragnarok:O crepúsculo dos deuses - Mirella Faur (mitologia nórdica)

Outubro
Graphic Novel – Vamos nos divertir mais! Para quem não sabe, Graphic Novel é um romance gráfico com enredos longos e complexos no formato de história em quadrinhos. ATENÇÃO: não valem gibis, aqueles de periodicidade mensal.
Persépolis- Marjane Satrapi 

Novembro
Escritor(a) africano - que tal ler um autor nascido na grande mãe África? Pegue o mapa e monte o seu roteiro literário pelo continente africano.
O fio das missangas- Mia Couto

Dezembro
Poesia -  A correria típica do mês pede descanso, especialmente, para a alma. Vamos de lavar a alma com poesia! De qualquer forma e jeito, valem Haicais, acrósticos, épicos,  cânticos, elegias..., em outras palavras, pesquise, pesquise, pesquise!)
Estrela da vida inteira - Manuel Bandeira


quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Chico Buarque: O livro

Terminei de ler o 1º livro do ano, já faz um pouco mais de uma semana, mas só agora tive tempo de fazer os comentários. Minha vida está tão corrida que não consegui postar as três últimas resenhas do Desafio Literário 2011, não consegui inscrever para o DL2012, mas estou acompanhando  de pertinho, assim que minha vida estabilizar um pouco, retomo. Isso não quer dizer que não estou lendo, longe de mim.... rsrs.
"História de Canções Chico Buarque", do autor Wagner Homem. O livro é cronológico, narra uma timeline das canções junto com os momentos históricos do país e da vida pessoal do cantor.
2ª folha: Eu percebo o mínimos detalhes


Dedicatória

A página mais linda
Esse cachorrinho é muito fofo + meu ingresso para o show do Chico
A página em francês, minha língua preferida
Única vez que Chico traduziu uma música

  • Chico é carioca, o quarto dos 7 irmãos.
  • Na infância, morou em São Paulo e na Itália. Antes de ir para Itália deixou um bilhete para avó: "Olha vozinha não se esqueça de mim. Se quando eu chegar aqui você já estiver no céu, lá mesmo veja eu ser um cantor do rádio". Nunca duvide quando uma criança diz alguma coisa.
  • Foi notícia no jornal aos 17 anos, na página policial, roubou um carro com um colega.
  • Entrou na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, mas não concluiu o curso.
  • Participou de vários Festivais de música.
  • Com menos de 21 anos fez as músicas para o auto de natal "Morte e Vida Severina", de João Cabral de Melo Neto.
  • Exila-se na Itália durante a Ditadura.
  • Para driblar a censura, cria os pseudônimos Julinho da Adelaide e Leonel Paiva para assinar suas composições que eram sempre brecadas pelos censuradores.
  • Fez a trilha sonora de vários filmes, vários musicais e até balé.
  • Escreveu peças de teatro.
  • Escreveu alguns livros, entre eles, infantis e romances.

Quer saber mais? Leia o livro, isso foi só o basiquinho do basiquinho.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Circunstância


cir.cuns.tân.cia
sf (lat circumstantia) 1 Acidente de lugar, modo, tempo etc. que acompanha um fato. 2 Dir Motivo ou fato que, acompanhando, seguindo ou precedendo um crime ou delito, o agrava ou atenua. 3 Condição, requisito. 4 Causa, motivo. 5 Estado das coisas, em determinado momento. 6 Relação, situação. 7 Importância ou destaque social. Estar em más circunstâncias: estar em perigo ou má situação financeira.
[definição do Dicionário Michaelis]

No fim de semana, assisti ao filme iraniano "Circumstance", dirigido pela Maryam Keshavarz. O filme narra a história de duas garotas que se apaixonam, além da trama homossexual, mostra também como os jovens são reprimidos o tempo inteiro e quão terrível é um país fundamentalista em que não se distingue a política da religião. As personagens principais são a Atafeh e Shirren. Atafeh tem um irmão que de uma hora para outra vira um fanático religioso e começa a controlar a família espalhando câmeras pela casa e denunciando para polícia da moralidade tudo o que ele acha que é inconveniente. WTF polícia da moralidade? Fiquei passada em saber que isso existe.
A gente nunca valoriza a liberdade que temos, não é? O estado laico é um privilégio, embora haja muitos religiosos candidatando-se para brecar os direitos que algumas minorias lutam para conquistar. Caraca, nunca parei para pensar que se eu quisesse namorar uma pessoa do mesmo sexo, eu posso, sou livre para isso, hoje posso até casar se fosse o caso, o estado me daria cobertura.
Eu posso escolher marido, não sou forçada a um casamento arranjado pela família. Se o casamento não dá certo, eu posso divorciar.
Atafeh e Shirren

Eu poderia ir a uma balada se eu gostasse. Lá rola uma baladas clandestinas que os jovens fazem para fumar, beber, usar roupas do ocidente, ouvir música do ocidente e dar umas pegadas. A gente pode fazer tudo isso, sem ter a polícia da moralidade por perto.
Cinema americano, só consegue cópia pirata no mercado negro. Poucas coisas aproveito do besteirol do cinema americano, hip hop, funk e um monte de música não faz o meu estilo, posso escolher não ouvir, mas quem gosta, pode ouvir livremente. É melhor ter Michel Teló e Restart a ser obrigado a ouvir só música religiosa.
praia
Eu posso ir à praia de biquíni, apesar de não curtir praia, gosto só depois das 18h e raramente entro na água, mas eu posso, saca? Olha nesta foto, as mulheres vestidas até o pé e enrolada de lenço na cabeça enquanto os homens desfilam de sunguinha para todo lado.
O mundo é mesmo injusto, eu não aproveito nada da liberdade que me é concedida, mas fico feliz em saber que quando quiser aproveitar não terei nenhum empecilho. Se eu pudesse doar as coisas que não aproveito para quem aproveitaria melhor, eu doaria minha cota de balada, de direitos homossexuais, de praia, de filmes e de alguns estilos de música, se não gosto ou não aproveito deve haver quem goste.
O filme é excelente, super indico. Aprendi a valorizar bem mais as coisas que tenho direito e sei que apesar do lixo e do excesso de informação que vem junto com a liberdade, eu posso escolher o que posso aproveitar ou não, tem gente que nem isso pode. Queria falar de muitas coisas do filme, mas aí seria spoiler, para não estragar, indico que assistam!
Vamos lutar sempre pelo estado laico e evitar ao máximo o escravismo religioso.

Para acabar em samba:
Liberdade, liberdade!
Abra as asas sobre nós
E que a voz da igualdade
Seja sempre a nossa voz


quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Questão de pele: Tatuagem

Samantha Stevenson
Ultimamente estou pegando as dores dos outros como se fossem as minhas, no post anterior falei de cabelos e hoje vou falar de tattoos.
Estava eu, lendo alguns jornais on-line e deparei com esta reportagem do Daily Mail. No Reino Unido tem um programa do Gareth Malone, no Brasil passa no canal People and Arts, ele monta corais em escolas, associações, empresas, etc. Este programa formou um coral com mulheres de soldados que estão na guerra. A Samantha (foto ao lado) é casada com um militar, tem dois filhos é solista no coral, tem tattoos e alargador. Segundo consta na reportagem, ela vem sofrendo ataques no Twitter e no Facebook de gente que não se conforma em vê-la tatuada, que deveria ser proibida apresentar-se assim. Santa ignorância, né?
Eu senti na pele porque também sou mãe, tatuada e pierced, uso óculos e canto em um coral. Portanto, sei exatamente do que estou falando. As pessoas acham que você não é uma boa companhia, que você não tem capacidade para fazer um bom trabalho, que deve usar drogas e por aí vai. No trabalho, tem gente que me confunde com estagiária, com aluna, nunca me levam a sério de início, tenho que provar mais que os outros que sou capaz. Lembro de chegar no consultório médico com meu filho doente, ele olhar para minha cara pierced e perguntar: Você é o quê dele? Como se quisesse me recriminar, parece que meu filho estava doente por incompetência materna. Sem falar nas indiretas bem diretas que a gente escuta por aí, mas nem vou perder meu tempo contando essas idiotices diárias que a gente tem que conviver. Quer saber? Eu gosto, tem gente que gosta e quem não gostou das minhas foi tudo gente mala-sem-alça-e-sem-rodinha-de-papelão-em-dia-de-chuva. E para desespero de alguns, quero fazer mais, enquanto há pele, há espaço para mais uma. Tatuagem dói para caramba, custa caro, causa poluição visual nos olhos de gente 'limpinha', mas eu não vou deixar de fazer, só porque tem gente que não quer ver.
Quero ficar velhinha assim! [Emma e Otto Manischewski]
mamãe tatuada é a coisa mais linda. Tem como não amar?

Imagens da mamãe e das garotas peguei no So Tattooed.
Não é obrigado a gostar, nem a fazer, só não discrimina quem gosta, porque a gente tem coração e até chora quando nos magoam.
Falando em pele, o próximo post vou falar sobre o filme "A pele que habito", do Almodovar.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Qual é o pente que te penteia?

Ester Elisa Cesário - estagiária
Todo mundo acompanhou o caso da Ester, era estagiária em um colégio de elite e a diretora pediu para ela alisar e prender os cabelos. Observando as mídias e a mim mesma, percebo que é muito difícil viver sem ser loira e de cabelos lisos, todo mundo quer intrometer na sua vida. Sério! Não sou negra e tenho o cabelo ondulado e toda vez que vou cortar o cabelo, o cabeleireiro pergunta se não quero fazer luzes, escova, progressiva e quando respondo que não, o salão todo olha, como se estivesse cometendo uma falta grave. Eu gosto de ter os cabelos pretos e ondulados, embora minhas amigas, com as melhores das intenções acham que eu ficaria linda de cabelo liso, grande e com luzes. Até minhas amigas negras tem cabelo mais liso que o meu.
Eu e a Ester, temos convicção que não vamos mudar porque os outros querem, mas pessoas inseguras e até crianças, são martirizadas diariamente e obrigadas a crer que ser assim é ser feio ou desarrumado. Um dos vídeos que mais me machucou na alma, foi um teste psicológico feito com crianças negras em que elas deveriam dizer qual boneca é mais bonita, mais legal e quem é a má, a negra ou a branca. Veja o nível da auto-estima dessas crianças.


Que mundo é este que estamos? Nem todo mundo nasceu para ser Gisele Bündchen. Nem todo mundo nasceu com saco para ter que retocar luzes e deixar fortunas para ficar de cabelo liso, sem falar nos riscos para saúde que estes produtos causam, não só para os cabelos, mas para o corpo inteiro, alergias, quedas de cabelo e blá, blá, blá....
Assustei quando vi a capa da Revista TPM, fiquei até emocionada, tanto que mandei um recadinho no Facebook da revista, parabenizando pela bela capa, chamou atenção nas bancas, no meio de tantas outras capas com mulheres tão iguais, a  capa com a Taís era colorida, ela toda negra linda, cara de sapeca, descabelada com camisa jeans em um fundo laranja. Tem como não amar?

Eu acho lindo cabelos assim
Querem domar até a juba do leão, tem cabimento?
Não maltrate os animais rsrs
Meu cabelo é assim e pronto. Não gostou? Que pena! Tô nem aí para sua opinião. Não vou prender nem alisar.
Ainda esta semana falarei sobre tatuagem que é um outro preconceito bobo que tenho que aguentar....