segunda-feira, 20 de julho de 2009

Fala de filme: Sonata de Outono - Ingmar Bergman




Falas da personagem Eva (Liv Ulmann)

"É preciso aprender a viver. Eu pratico todo dia. Meu maior obstáculo é não saber quem sou. Se alguém me ama como eu sou, posso finalmente ter a coragem de olhar para mim mesma. Essa possibilidade é pouco viável."

No ser humano existe tudo, do mais elevado até o mais baixo.
O homem é a imagem de DEUS e DEUS existe em tudo.
E assim o ser humano foi criado, mas também os demônios, os santos, os profetas, os artistas e os iconoclastas. Tudo existe lado a lado. É como se fossem desenhos gigantes mudando o tempo inteiro. Da mesma maneira, devem existir inúmeras realidades.
Não apenas a realidade que percebemos com nossas obtusas sensibilidades, mas um tumulto de realidades arqueando-se uma em cima da outra, por dentro e por fora.
É só o medo e o puritanismo que nos leva a acreditar em limites. Não existem limites, nem para pensamentos nem sentimentos. A ansiedade é que estabelece limites. Quando se toca o movimento vagaroso...


PS: Esse filme é muito intenso, e para mim, o melhor do Bergman, eu considero-o o cineasta-analista, ele trabalha muito com o lado psicológico do ser humano. Os cenários são sempre claustrofóbicos, dentro de casas fechadas ou escuras, os diálogos muito intensos, sempre toca na ferida, os personagens são sensíveis e há uma explosão de sentimentos que por alguma necessidade foram abafados durante um tempo e de uma hora para outra sente-se a necessidade de colocá-los para fora. A interpretação da Liv está impecável

Um comentário:

  1. Bergman, incrível como sempre. Fico feliz em saber que há gente que ainda aprecia um cinema sensível. De+. Parabéns pelo blog! Visite o meu! Abraços. J. Luiz

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