Sabe esse senhor da foto? Parece um mendigo dentro do metrô, não sei ao certo o que é mito o que é verdade, uns dizem que ele é o cara mais inteligente do século, vive isolado, não tem emprego, mora em um cortiço, não toma banho, etc.
O nome dele é Grigori Perelman, matemático russo e bastante excêntrico, recusou a fazer teste de QI e declarou que isso é coisa de arrogante que carece de elogio, recusou a Medalha Fields (uma espécie de Nobel da matemática) e nem ao menos compareceu ao evento, e por último, recusou um prêmio de 1 milhão de dólares por ter resolvido e consequentemente comprovado, a Conjectura de Poincaré (não me pergunte que raios venha a ser isso).
Ele conseguiu chamar a atenção da sociedade científica, mas também chamou das pessoas comuns que não entenderam o motivo de seu desprendimento pelo reconhecimento e pelo dinheiro, ele ama o que faz e não faz disso mercadoria. Isso me lembra uma corrente de filósofos gregos, os cínicos (não tem nada a ver c/ o significado que damos hoje a essa palavra). Os cínicos diziam que a verdadeira felicidade não depende de fatores externos como o luxo, o poder político e boa saúde. Para eles, a verdadeira felicidade em se libertar dessas coisas casuais e efêmeras.
O mais importante representante dessa corrente foi Diógenes. Ele vivia dentro de um barril e possuía apenas sua túnica, um cajado e um embornal de pão. Conta-se que um dia Alexandre Magno parou em frente ao filósofo e ofereceu-lhe, como uma prova do respeito que nutria por ele, a realização de um desejo, qualquer que fosse, caso tivesse algum. Diógenes respondeu: "Desejo apenas que te afastes do meu Sol". Essa resposta ilustra bem o pensamento cínico: Diógenes não desejava nada a mais do que tinha e estava feliz assim.
E nós, pobres mortais que vendemos a nossa alma ao diabo todos os dias, por bem menos de 1 milhão, acabam com nossa força física, intelectual em troca de uns contos de réis.
Só quem ja é muito rico interiormente e que pode se desprender das miserias humanas.
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