Quanto ao livro: tem 176 págs e é bem facinho de ler, mas prefiro o Chico compositor e cantor, deve ser o costume (Que heresia!). Não que na literatura ele seja ruim, longe disso, a leitura é deliciosa, mas ele é perfeito na música. Ainda continuo chicólatra e o que ele fizer tera meu apoio.
"Devia ser proibido debochar de quem se aventura em língua estrangeira".
"húngaro, única língua do mundo que, segundo as más línguas, o diabo respeita".
José Costa, um ghost writer, divido entre o Rio e Budapeste, entre Vanda e Kriska, entre o português e o húngaro. No Rio tem as praias, as mulheres morenas e lindas, como Vanda, morena dos cabelos enrolados, mãe de seu filho gordo, com problema de fala. Em Budapeste, a branquíssima Kriska, sua profa de húngaro que tem um filho também.
A grande questão é: Quem é Costa? O cara escondido atrás do alemão Kaspar Kraabe que se apaixonou por Teresa, a morena que eles escrevia seu livro na pele dela, até ela abandoná-lo por um cozinheiro suiço? Ou seria Kocsis Ferenc, o poeta húngaro? Em português ele nunca escreveu um verso, mas em húngaro, escreveu poesia. Era o Costa, trabalhando em um escritório no Rio, sendo capacho de Álvaro? Ou seria o Zsoze Kósta? Era tantos e não era ninguém, apenas um fantasma com crise de identidade.
O filme
O filme é 10, tive preconceito porque no trailer vi muita carne feminina, achei que fosse apelação, mas o livro também é bem sensual,cheio de latinidade, tem a musa, as prostitutas, as mulheres de Costa. No livro ele fala que Budapeste é amarela, no filme quando mostra Budapeste, é meio amarelada mesmo. O filme foi super fiel ao livro, a atuação do ator Leonardo Medeiros está maravilhosa, a Giovana Antonelli é descrição de Vanda no livro, só a Kriska que não era tão branca como descrita, a direção é impecável. Quem não gosta do filme, não vai gostar do livro e vice-versa.
Sensação de dejà vu (eu já vi):
Outro filme que mostra mudança de comportamento em outro país é o "Double vie de Veronique", do Kieslowski, que a personagem se divide entre Polônia e França.
Um filme, que também foi baseado em um livro e que mostra essa ideia de escrever o livro no corpo do amado é o "Livro de Cabeceira", de Peter Greenway
Filme sobre ghost writer, "Roman de gare", do francês Claude Lelouch
Chico, ne me quitte pas seule, me liga!!!!
Eu sou fã total do Chico-músico, mas gostei também um tanto do Chico-escritor. Li Budapeste há uns 4 anos, achei muito bom (não me lembro muito do teor mas lembro de ter curtido). Agora... esse não é o chick-lit, né?! O link do "Desafio Literário" está indo para esse post...
ResponderExcluirOi, Adrianne, eu não tinha um chick-lit, então aproveitei esse livro que era fininho e facinho e li para não ficar sem ler alguma coisa.
ResponderExcluirOi, Ana! Ainda não li nada do Chico. Ana, excelente participação! Você não achou nenhum Chick-lit em bibliotecas, sebos? Fico feliz que você tenha achado uma maneira de participar do desafio, mas gostaria de ter lido sua opinião sobre um chick-lit. Não estou sendo preciosista, chata, não...Só estimular a integração de todos à proposta do desafio.
ResponderExcluirBeijocas
Bah não sabia que tinha o livro, o filme até ouvi falar, mas ainda não vi...
ResponderExcluirQue interessante.. QUero ler XD
Eu li Budapeste há muitos anos e gostei muito também, Chico escreve super bem mas é também bem pesadinho em seu estilo. São sempre leituras laboriosas mentalmente pra mim.
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