A parte sobre o desespero entendi bem, mas a parte sobre o pecado ficou confusa na minha cabeça porque é estranho ver o pecado diferente da forma religiosa.
Segue abaixo os melhores momentos:
Não queremos ser nós próprios, queremos nos desembaraçar do nosso eu, e não poderia existir essa outra: a vontade desesperada de sermos nós próprios.
Desesperar de si próprio, querer, desesperado, livrar-se de si próprio, tal é a fórmula de todo desespero.
O homem deseja sempre libertar-se do seu eu, do eu que é, para se tornar um eu de sua própria invenção. Mas o constrangimento de ser este eu que não quer ser é o seu suplício, não pode libertar-se de si próprio.
Assim como talvez não haja, dizem os médicos, ninguém completamente são, também se poderia dizer, conhecendo bem o homem, que nem um só existe que esteja isento de desespero, que não tenha lá no fundo uma inquietação, uma perturbação, uma desarmonia, um receio de não se sabe o quê de desconhecido ou que ele nem ousa conhecer, receio de uma eventualidade exterior ou receio de si próprio.
Mas a espontaneidade não conhece outro modo de lutar, uma coisa só sabe: desesperar e ficar em êxtase... e contudo, se há alguma coisa que ela ignora, é o que seja o desespero. Desespera e fica em delíquio, e depois, como morta, fica imóvel, habilidade semelhante à de “se fazer de morto” porque assemelha-se àqueles animais inferiores cuja a única arma de defesa é a imobilidade e a simulação da morte.
A inveja é uma admiração que se dissimula. O admirador que sente a impossibilidade de ser feliz cedendo à sua admiração toma o partido de invejar.
A admiração é um abandono de nós próprios penetrado de felicidade, a inveja é uma reivindicação infeliz do eu.
Eu li o desespero humano e em relação ao pecado tbm me sentir confusa,pois todos nós fomos criados vendo o pecado como algo religioso e ja kierkegaard não ver o pecado dessa forma.Adoro as obras deles,afinal ele foi o cara rs
ResponderExcluir