HQ e filme: Persépolis + The voices

Terminei a leitura da HQ "Persépolis", escrito pela ilustradora iraniana Marjane Sartrapi que narra sua propria experiencia vivendo no Ira, todas as guerras, os conflitos internos, a politica e a religiao. O meu problema em ler essas coisas é que eu pego a dor do personagem pra mim e fico sofrendo por dias a fio. Pior é saber que os americanos, os ingleses financiaram os golpes de estado, as guerras, treinaram os torturadores, colocaram fundamentalistas no poder, mais ou menos como fizeram na América Latina durante as ditaduras. Os alemaes vendiam armas tanto para o Ira como para o Iraque para eles guerrearem entre si.
Ela também conta sobre sua vida de exilada, se a vida de imigrante com visto de trabalho ja é dificil, imagine a de um refugiado. A primeira vez que ela saiu do Ira sozinha foi bem dificil.

Por essa razao que consumo o minimo possivel de derivados de petroleo e nao tenho carro

O mar negro do petroleo requer em troca um mar vermelho de sangue.

Também vi o filme, dirigido pela Marjane Satrapi e o Vincent Paronnaud, mas achei a HQ mais interessante, o filme é mais corrido e têm coisas interessantes que acabaram passando meio batido. Sugiro que leiam a HQ antes porque tem mais detalhes.

Além de Persépolis, também assisti um tempo atras, um outro filme dirigido por ela, "The Voices" é um filme de humor negro e macabro. Sobre um moço bonitinho, dono de um caozinho, um gatinho fofos e sérios problemas psicologicos, o cao representa o lado do bem e o gato o lado do mal.
Eu nao costumo achar graça de feminicidios, enquanto o povo se esguelava de rir, eu estava chocada. Até agora nao entendi o que a Marjane quis dizer nas entrelinhas. Acontece às vezes de eu entender a piada so 3 dias depois... ou jamais