Esmeralda tem uma vida difícil, é garçonete, cuida da avó e da irmã mais nova e tem uma mania: colecionar coisas insignificantes que acha na rua, no restaurante em que trabalha, etc. Coloca todas essas quinquilharias dentro de um baú. É muito comum, meninas adolescentes colecionarem coisas (f)úteis, eu por exemplo tinha uma caixa com meus diários, agendas, fotos, figurinhas, albuns de figurinha, papéis de carta, cartas, cartões postais, canetas coloridinhas e com cheirinho, aí um dia eu achei que já era adulta e dei fim em tudo, hoje morro de curiosidade em saber o que escrevia entre 8 e 16 anos.
Voltando ao filme, para Esmeralda, todas as coisas eram apenas objetos para enfeitar a caixinha, mas o que tem por trás desses objetos? Quem são seus donos? Por quê eles estavam perdidos pela rua? Tudo isso é repondido no filme. Ela acha uma carteira com um nº de telefone, esse telefone era de um pai ausente, que ficou um tempo sem falar com sua filha, ele é analista de crianças com câncer, sua ex- mulher dá o telefone para ele, ele tenta uma reaproximação com a filha.
Esmeralda acha uma flecha de papel toda colorida, é de uma mulher que era esportista de arco e flecha, teve um caso com um médico que resultou em gravidez, ela nunca se considerou uma boa mãe, descobre que seu filho tem câncer, se apega a ele de uma forma desesperada, ao vê-lo perder os cabelos por causa da quimioterapia, ela também raspa a cabeça para ficar parecida com ele.
Tem vários objetos, com outras histórias, é um filme mexicano muito tocante. Tudo de bom!
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