sábado, 8 de agosto de 2015

BEDA DIA 8 - Filme + livro: Livre


Terminei a leitura do livro de memorias da Cheryl Strayed, "Livre", onde ela narra a razao pela qual aos 26 anos de idade, decidiu fazer a trilha "The Pacific Crest" (PCT) que tem 4240 km, atravessando os EUA pelo pacifico desde a fronteira do México até a fronteira do Canada, como podem constatar no mapa abaixo. Cheryl começou a trilha em Mojave e nao na fronteira do México.

Imagem via Warrior Hike
"Foi uma mulher quem primeiro imaginou a PCT. Era uma professora aposentada de Bellingham, em Washington, chamada Catherine Montgomery.
Em uma conversa com o escritor e montanhista Joseph T. Hazard, sugeriu que deveria haver uma “trilha alta contornando os picos de nossas montanhas ocidentais” de fronteira a fronteira. O ano era 1926."


Cheryl veio de uma familia desestabilizada, desde pequena ela e seus irmaos viram sua mae ser vitima de violência conjugal, ela casou muito jovem, embora seu marido fosse um cara bacana, nao estava preparada para levar um casamento à sério, involveu-se com heroina e acompanhou o sofrimento de sua mae vitima de câncer. Todos essas derrotas e perdas quotidianas fizeram com que ela tomasse a decisao de sumir, de se perder para se encontrar, numa caminhada solitaria, no meio da natureza selvagem, sem nunca ter feito uma triha na vida e sem preparaçao fisica e psicologica adequada.

Fiquei interessada em alguns livros que ela citou, vou deixar a listinha aqui para procura-los na biblioteca, gosto de livros que inspiram e mudam a vida de pessoas como ela.

O despertar, de Kate Chopin,
A filha do otimista, de Eudora Welty,
Enquanto agonizo, de William Faulkner,
O sonho de uma língua comum, de Adrienne Rich,
The Ten Thousand Things, de Maria Dermout.

O livro tem trilha sonora também, eis aqui algumas musicas citadas (parava a leitura para escuta-las):

CD Joshua tree, do U2
CD Colors of the Day, de Judy Collins
Musica Something About What Happens When We Talk, de Lucinda William
Musica Paper roses, de Donny & Marie Osmond
Musica Love Struck Baby, de Stevie Ray Vaughan
Musica Texas flood, de Stevie Ray Vaughan


Cheryl e sua mochila

O filme



O filme é dirigido pelo Québecois Jean-MarcVallée, o mesmo diretor Dallas Buyers Club e tem a Reese Witherspoon interpretando a Cheryl. Vi o filme antes de ler o livro e gostei bastante. A Reese esta cada vez melhor como atriz, amo-a desde Johnny e June. O livro é mais rico em detalhes, obviamente, mas o filme mostra as imagens dos locais onde ela passou, a fotografia do filme é linda e complementou o que apenas estava no imaginario de quem leu o livro primeiro e nao tinha ideia de com é a paisagem da trilha.

Consideraçoes finais

Eu nao teria coragem de fazer essa trilha sozinha, tenho pavor de urso, de cobra, de deserto, de neve, da solidao, passar dias sem ver um ser humano me assusta. Tiro meu chapéu pra ela.

Este livro faz parte do projeto #LeiaMulheres, do projeto "Literatura na sétima arte" e do projeto "Escritores peregrinos".
Este filme faz parte do projeto "Literatura na sétima arte" e do projeto "Diretores do Québec"

2 comentários:

  1. Oi, Ana!

    Eu fiquei muito tocada quando assisti ao filme. Chorei. Não tenho essa coragem de me enfurnar numa trilha para me (re)descobrir (acho que a imigração já anda fazendo isso por mim...hehehe).

    Confesso que a trilha sonora não me agradou muito, pois fui com sede ao pote esperando algo como a de Into the Wild (ou Vers l'inconnu ou Na natureza selvagem). Acabei comparando os dois filmes, talvez pela trajetória insólita de ambos personagens. E estou doida pra ler o livro da Cheryl Strayed pra fazer a mesma coisa com o de Jon Krakauer :D

    Tô amando seus posts de agosto!
    Beijos,
    Nilian.

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  2. Oi Ana, amei seu post! Quero muito ler este livro e outros relacionados a viagens, como: "Na Natureza Selvagem", "Walden", entre outros. Vou ver se consigo ler este livro ainda este ano.
    Um beijo!

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