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domingo, 24 de abril de 2016

Mulheres na direçao: Catherine Corsini (França)

Catherine Corsini tem 56 anos, é atriz, produtora e diretora francesa, seus filmes variam entre drama e comédia, eu particularmente prefiro os dramas. Eis os que assisti até o momento:

La belle saison (A Bela Estaçao), 2015 - Drama

Este filme é o meu preferido desta diretora, é lindo, triste e outros turbilhoes de emoçoes ao mesmo tempo. O trailer e o cartaz dao a entender que é um filme de amor entre meninas bem bonitinho, mas esta longe disso. A historia se passa nos anos 70 onde acontecia a segunda onda do feminismo, as mulheres se reuniam para lutar por seus direitos. As protagonistas sao: Delphine, uma camponesa que vai para Paris trabalhar, é lésbica, mas sua familia é tradicional e ela tem que "viver no armario", sacrificar seus amores, guardar as dores para si mesma para ser aceita em casa. Ao ir às reunioes feministas, percebe como sua vida e a vida de sua mae era injusta no campo, pois trabalhavam dia e noite sem receber nenhum salario, todo dinheiro do roçado ia apenas para o pai, so os homens participavam das reunioes da cooperativa, etc. A outra é Carole, uma estudante parisiense engajada nos movimentos sociais, até entao hetero, convida Delphine para se engajar na causa feminista e acabam se apaixonando. 
Outro assunto abordado foi sobre o tratamento dado aos homossexuais que eram internados em clinicas psiquiatricas, medicados a ponto de ficarem vegetando na cama e babando.
Uma das cenas mais lindas, as mulheres cantando o hino do MLF (Movimento de Liberaçao das Mulheres, criado pela Simone de Beauvoir). Chorei! A letra é muito poderosa.


Nous, qui sommes sans passé les femmes,
nous qui n'avons pas d'histoire,
depuis la nuit des temps, les femmes,
nous sommes le continent noir.
refrain :
Levons nous, femmes esclaves
Et brisons nos entraves,
Debout! Debout !
Asservies, humiliées, les femmes
Achetées, vendues, violées ;
Dans toutes les maisons, les femmes,
Hors du monde reléguées
(refrain)
Seules dans notre malheur, les femmes
L'une de l'autre ignorée,
Ils nous ont divisées, les femmes,
Et de nos sœurs séparées.
(refrain)
Reconnaissons-nous, les femmes,
Parlons-nous, regardons-nous,
Ensemble on nous opprime, les femmes,
Ensemble révoltons-nous.
(refrain)
Le temps de la colère, les femmes
Notre temps est arrivé
Connaissons notre force, les femmes
Découvrons-nous des milliers
Trois mondes (Três mundos), 2012 - Drama

Al foi promovido a gerente da concessionaria do seu futuro sogro, saiu para comemorar com os colegas, atropela um homem e foge sem prestar socorro. Juliette esta gravida, vê o acidente pela janela de seu apartamento e passa a ser a ponte entre o Al e a esposa do atropelado, uma imigrante ilegal vinda da Moldavia.
Juliette tem empatia, coloca-se no lugar do outro, talvez porque esteja gravida e tenha que aprender a lidar com um ser humano, apesar dos pesares. Ela se compadece da situaçao do Al, pois vê que ele nao é uma pessoa má, nao é um monstro, foi uma fatalidade. Também fica tocada com a viuva que vive ilegal, nao tem dinheiro e é controlada pelos homens conterrâneos que querem tirar vantagem da situaçao.

Partir, 2009 - Drama

Suzanne, depois de abdicar sua vida pelo casamento e maternidade, cansada de ser bela, recatada e do lar, retoma sua carreira de fisioterapeuta e passa a ter um caso com um peao de obras, um cara nada confiavel, que ja tinha sido preso, mas mesmo assim a sede era tanta que ela se aventurou.

Les ambitieux, 2006 - Comédia

Judith é editora de livros e Julien é um escritor que quer ser publicado e vai fazer de tudo para amansar a fera e conquista-la. É muito engraçado!

La nouvelle Eve, 1999 - Comédia


Camille, uma professora de nataçao, na casa dos trinta anos, solteira, espera o grande amor de sua vida, enquanto isso aventura-se com alguns parceiros ocasionais. Encontra acidentalmente Alexis, um homem casado, médico, pai de duas filhas e responsavel local do Partido Socialista. Ela tenta de tudo para tê-lo como amante, entra como militante no partido, passa a frequentar a casa dele, entre outras artimanhas. Tipico da comédia francesa nada "politicamente correta".

Minha lista "Mulheres na direçao" no Filmow (1738 filmes cadastrados e 170 assistidos até o momento).

Veja também:

sexta-feira, 4 de março de 2016

Mulheres na direçao: Julie Delpy (França)

Julie Delpy tem 46 anos, é francesa, mais conhecida por sua carreira de atriz, principalmente no papel da personagem Céline, da trilogia Before (Before Sunset, Before Sunrise e Before Midnight). Também atuou na trilogia das cores, do Kieslowski, foi a personagem Dominique no filme "A igualdade é branca". Além disso, sua estreia no cinema foi atuando nos filmes de Godard. É bilingue, isso a ajudou a ter uma carreira em Hollywood.
Além de atriz, é produtora, roteirista, cantora e diretora e é sobre os filmes que dirigiu que vou falar, pois assisti a todos eles, sao 5 até o momento.

Acho que os filmes "2 dias em Paris" e "2 dias em Nova York" sao uma mistura de trilogia Before mais uma influência woodyalleniana, pois mostra o casal em conflito, é um falatorio, gritaria, confusao, intromissao da familia, choque cultural, etc. Sao filmes politicamente incorretos, tem aquela ironia francesa, cheios de clichês, mais realistas e menos românticos. Vamos por partes:


Em "2 dias em Paris" (2007), Marion (Julie Delpy) e Jack (Adam Goldberg) formam o tipico casal estressado de NY que decide passar umas férias em Veneza e em seguida, 2 dias na França para desestressar um pouco, mas chegando la, a situaçao piora ainda mais. Ele nao fala nada de francês, nao entende o que a familia dela esta dizendo e ela ainda encontra uns ex-namorados pelo caminho. Jack é o tipico turista que tira foto de qualquer coisa que vê. Os atores que fizeram o papel de pais dela, sao também seus pais na vida real. Tem participaçao especial Daniel Bruhl, para nossa alegria. A cena final é muito boa.


"2 dias em NY" (2012), é continuaçao de "2 dias em Paris", o casamento dela terminou, ela é mae de um garoto, agora esta com Mingus (Chris Rock) que também é pai de uma menina de um relacionamento anterior e eles aguardam a chegada a familia da Marion (Julie Delpy) em NY.


"O verao de Skylab" (2011): Em 1979, as autoridades francesas anunciaram que a estaçao espacial Skylab iria cair na França, as pessoas acreditaram que era o apocalipse. Uma familia se reune no interior da Bretanha e a gente assiste ora a conversa dos adultos, ora a conversa das crianças e adolescentes. O filme é narrado pela Albertine, de 10 anos. As conversas da familia sao uma tragicomédia, como em todas as familias do mundo. Sempre tem aqueles que falam de politica, religiao, etc.


"Lolo"(2015): É uma outra comédia muito boa. Violette (Julie Delpy) é uma mae solteira, neurotica e hipocondriaca e que se apaixona pelo Jean-René (Dany Boon). Lolo é o filho, um artista plastico, psicopata e com complexo de Édipo que tenta destruir todos os relacionalmentos amorosos da mae, inclusive conseguiu afasta-la até do proprio pai dele.


"A Condessa" (2009): É um filme sobre a controversa historia da Condessa Erzebet Bathory, da Hungria, no século XVI. Era casada com o Conde Ferenc Nadasdy. Durante a guerra com os turcos e a ausência do esposo, a Condessa administra muito bem o castelo e as terras, os dois formam um casal muito respeitado. Apos a morte do Conde, a Condessa fica ainda mais poderosa, causando estranhamento do Rei Mathias.
Reza a lenda que ela matava meninas jovens em seu castelo e foi condenada por isso, mas segundo os historiadores, nao existe nenhuma prova concreta. Como a diretora deixou claro no inicio e no fim do filme, a historia é contada por homens vencedores, a parte vencida nao tem voz para se expressar.
No filme, Delpy usou a lenda no sentido romântico. A Condessa se apaixona perdidamente pelo jovem Istvan Thurzo (Daniel Bruhl), de 21 anos e como era bem mais velha, ela usava o sangue das meninas no rosto, pois achava que poderia rejuvenescer-se.
Para mim, este é o melhor filme da Delpy, é o unico filme dramatico que dirigiu e acho que ela leva muito jeito neste gênero. Gosto do que ela faz, tanto como atriz, diretora, cantora, etc. Vou continuar acompanhando tudo de pertinho.
Para terminar, deixo a playlist dela


Veja também:
Mulheres na direçao: Catherine Breillat (França) - parte 1
Mulheres na direçao: Sarah Gavron (Inglaterra) 
Mulheres na direçao: Lucía Puenzo (Argentina)


Minha lista "Mulheres na direçao" no Filmow (1630 filmes cadastrados e 162 assistidos até o momento).

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Mulheres na direçao: Catherine Breillat (França) - parte 1


Catherine Breillat é francesa, tem 67 anos, é escritora, diretora, roteirista e produtora. Em 2005 ela sofreu um AVC que a deixou com o lado esquerdo do corpo paralisado. Este acontecimento foi tema do seu ultimo filme "Uma relaçao complicada" (Abus de faiblesse), conforme a descriçao a seguir.

"Uma relaçao complicada" Abus de faiblesse (2013) - Drama

A traduçao mais correta para este filme seria "Abuso de incapaz". Baseado em fatos reais, narra a historia da diretora que apos sofrer um AVC é chantageada por um cara que sempre esta extorquindo celebridades. Como ela esta em tratamento, tomando remedios fortes, ela age sem pensar e acaba assinando um monte de cheques para ele, seria um pagamento adiantado, ja que ela o queria em um filme que estava produzindo, mas ela nao se deu conta da quantidade de dinheiro que ja tinha dado, algo em torno de 800 mil Euros. 
No filme, a atriz que fez o papel da diretora foi a Isabelle Hupert, a interpretaçao foi magnifica, essa mulher arrasa como atriz, olha ela com AVC no trailer.


Este filme é meio cansativo, mas vale pela atuaçao da Hupert.


"A bela adormecida" (2010) - Fantasia

É uma versao bem alternativa do conto de fadas. Olha a fotografia e o figurino deste filme!

Neve e aurora boreal


A  Bela Adormecida e o Principe


Eu particularmente gostei bastante deste filme, achei lindo, mas para quem nao curte historias alternativas com um final inesperado e filmes longos, nao indico. Ele foi mal avaliado no Filmow, muita gente viu e nao gostou.

Barba Azul (2009) - Fantasia

Este filme é uma adaptaçao do conto popular homônimo, de Charles Perrault (1697). Barba azul era um homem rico, feio, de carater horrivel e feminicida, teve varias esposas que desapareceram misteriosamente. Até que ele conhece sua ultima esposa, uma menina pobre do vilarejo e antes de viajar, deixa as chaves do castelo com ela e pede para que nao abra uma porta em especifico, mas ela desobedece. O final é surpreendente e este é um dos melhores filmes da Breillart.


A ultima amante (2007) - Drama 

É baseado no romance homônimo de Barbey d'Aurevilly (1866). Sobre um homem que vai casar com uma mulher da aristocracia para manter as aparências e respeitar as convençoes sociais e religiosas da época, mas sera que ele vai conseguir ficar longe de sua amante que estao juntos ha mais de dez anos?
O filme é bem bonito, a fotografia, o cenario e o figurino sao impecaveis. A amante é ninguém mais, ninguém menos que a atriz e diretora Asia Agento.



Asia Agento linda de morrer!
Por enquanto é isso, mês que vem farei a parte 2 com os filmes eroticos da diretora.

Veja também:
Mulheres na direçao: Sarah Gavron (Inglaterra) 
Mulheres na direçao: Lucía Puenzo (Argentina)

Minha lista "Mulheres na direçao" no Filmow.


sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Mulheres na direçao: Céline Sciamma (França)



Primeiramente uma salva de palmas para esta mulher porque ela merece, nao so palmas, mas o Tocantins inteiro. Bicha destruidora mesmo! Ela consegue falar de assuntos dificeis (que convenhamos, nem deveriam ser dificeis assim em 2016!!) de maneira simples, honesta e tocante e na minha humilde opiniao, so uma mulher mesmo para conseguir esta proeza, porque precisa de altas doses de sensibilidade, de empatia e de tolerância.


Assisti aos 3 filmes dela: Garotas (Bande de filles / Girlhood), Tomboy e Lirios d'agua (Naissance de pieuvre/ Water Lilies)

"Garotas" é sobre Marieme, ela tem 16 anos e tenta sobreviver no mundo caotico, vai mal na escola, vive naqueles conjuntos habitacionais de Paris que sao super perigosos (vi em uma reportagem que quem mora nesse tipo de apartamento nem poe no curriculo porque ninguem contrata), vive na pobreza, tem um irmao mais velho e machista que bate nela e uma mae que trabalha de faxineira o dia inteiro. Sem perspectiva nenhuma de vida, ela entra numa gangue de meninas, muda seu nome para Vic e para sobreviver tem que saber bater, ela é apaixonada por um carinha, mas nao quer casar e ter filhos antes dos 18 anos como acontece muito ao redor dela, ela também entra na gangue de rapazes, enfaixa os seios, usa calças largas para nao sofrer assédio, mas quem disse que nao sofre, nao é?
Tem uma cena linda das meninas em um quarto de hotel cantando Diamonds, da Rihanna. (Veja a diretora falando dessa cena aqui (em francês)).
E ha quem acredita em meritocracia. Nao sabe de nada, inocente!



O outro filme lindo de morrer é o Tomboy, a gente consegue se colocar na pele dx Laure/ Michael. É um filme sobre transgênero, a menina nao se sente confortavel sendo menina, ela gosta de se vestir e agir como menino. E esse elenco infanto-juvenil, minha gente? Deu um show de atuaçao, melhor que muita gente grande. A atriz Zoé Héran foi brilhante, dificil imagina-la nao sendo menino. Isso é graças à diretora que soube conduzir o elenco da maneira mais justa possivel.
Tomboy é o termo utilizado para definir meninas que agem como meninos.


Por ultimo, mas nao menos importante, o filme Lirios d'agua. Narra a historia de 3 meninas, Anne, Floriane e Marie, de 15 anos que fazem parte da equipe de nado sincronizado e estao descobrindo a sexualidade: aquela historia de fulando que ama sicrano que ama beltrano. Sabe aquelas primeiras dores de amor que a gente tem na vida? A gente se apaixona de um tanto a ponto de achar que vai morrer daquilo? A pobre Marie estava apaixonada e ficava atras do seu amor que nem cachorrinho sem dono, fazendo todas as vontades da amada, era obcecada. Da até do da bichinha...
A Floriane gostava de um garoto popular, mas ela era gordinha e sem-graça e ele so abusava dela e maltrava-a. Ja a Anne, todo mundo a amava, mas ela nao amava ninguém, jogava com todo mundo.




Os filmes da Céline falam de uma fase dificil das nossas vidas: a adolescência. As descobertas, a sexualidade e as dificuldades em lidar com tudo isso. Sao filmes sem aqueles dramalhoes hollywodianos, sem sentimentalismos baratos (franceses nao gostam disso), sao historias acontecendo como se estivessemos na janela de casa vendo as coisas acontecendo do lado de fora, mas ao mesmo tempo somos tocados pelas situaçoes, porque sao coisas cotidianas que vemos na vizinhança, na escola e na familia. Filmografia recomendadissima!

Veja também: 
Mulheres na direçao: Nancy Meyers (EUA)
Mulheres na direçao: Alice Guy-Blaché (França)

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Mulheres na direçao: Alice Guy-Blaché (França)


Alice Guy foi a primeira mulher a dirigir e a produzir um filme (1896), foi a unica durante 17 anos. Ela trabalhava como secretaria na empresa de fotos e filmes Gaumont, a mais antiga sociedade cinematografica do mundo. Ela pediu permissao para seu chefe se podia fazer umas filmagens por hobby, ele autorizou desde que fosse fora do expediente. 
Alice Guy dirigiu em torno de 700 filmes, infelizmente sobraram poucos, a maioria desapareceu durante as guerras. Ela imigrou para os Estados Unidos e criou uma produtora la. Seu marido deixou-a para ficar uma das atrizes e ela acabou voltando para França com os filhos.
Ao chegar na França, o cinema tinha mudado, seu nome caiu no esquecimento e ela passou o resto da sua vida tentando recuperar seus filmes e ser reconhecida como a primeira diretora.
Achei alguns filmes no Internet Archives e no Youtube, eis aqui:

A cola

Folhas caindo
Uma jovem esta doente e o médico diz que quando todas as folhas das arvores cairem no outono, ela morreria, entao sua irmazinha começa a tentar colocar as folhas de volta nas arvores. Own! Muito fofo!

A mulher esta com desejo

Na barricada

O resultado do feminismo

A pequena heroina

Ela também dirigiu A paixao de Cristo, o primeiro filme com mais de 30 min.

Foi a primeira vlogueira também, filmou sua viagem para Espanha


Tem um documentario sobre ela, chamado "Jardim esquecido", no site National Fim Bord (em francês).

Veja também:

sábado, 9 de janeiro de 2016

Mulheres na direçao: Rebecca Zlotowski (França)

Rebecca Zlotowski tem 35 anos e faz parte da nova geraçao cinematografica feminina francesa.
Ela dirigiu três filmes: Belle épine, Grand Central e Planetarium, este ultimo ainda nao foi lançado, mas ja assisti aos dois primeiros.

Belle épine (2010) - drama

No final dos anos 70, Prudence (Lea Seydoux) acaba de perder sua mae, seu pai pede demissao e viaja, deixando-a sozinha na casa. Em seguida ela fica proxima de uma estudante "rebelde" do lycée, chamada Marilyne, que a leva para o circuito de motoqueiros. Ela acha tudo aquilo libertador, afinal ela sai um pouco do marasmo, conhece gente, corre perigo, pois muitos morreram apostando corrida e também acaba se envolvendo com um deles, foi o jeito que ela encontrou para lidar com o luto e a solidao.


Grand Central (2013)

Gary (Tahar Rahim ♥) sempre trabalhou em subempregos e viu uma oportunidade de ganhar melhor trabalhando numa usina nuclear. Apos um tempo ele conhece Karole, esposa de um colega e eles passam a ter um caso.
Achei interessante ver dentro de uma usina nuclear. Para entrar, os empregados passam por uma higiniezaçao e usam roupas proprias para evitar o contato com a radiaçao e para sair é a mesma coisa. É uma forma sensivel de falar sobre o lixo atômico, a contaminaçao do meio-ambiente, das pessoas e dos animais.

Planetarium (2016)

O proximo filme sera sobre duas irmas espiritas (Natalie Portman e Lily-Rose Depp) que fazem contatos com fantasmas, nos anos 30. Um produtor propoe a elas um contrato de um ano para fazer um filme experimental, mas parece que ele tinha outras intençoes mais osbscuras. 
A Lily-Rose é filha do Johnny Depp e da Vanessa Paradis.
Estou ansiosa para ver!


Consideraçoes finais:

Os filmes da Rebecca Zlotowski sao mais introspectivos, meio paradao para o publico mais Blockbuster, nao é do tipo que agrada todo mundo, mas eu achei bem interessante, assista com a mente aberta.

Veja também:
Mulheres na direçao: Malgorzata Szumowska (Polônia)
Escritora e diretora: Virginie Despentes (França)

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Escritora e diretora: Virginie Despentes (França)

Fotografo: JEAN-FRANÇOIS PAGA
Virginie Despentes (pseudônimo), é escritora, diretora de cinema, tradutora, punk-rockeira, entre outras coisas.
Ela teve um adolescência problematica, aos 15 anos foi internada em um hospital psiquiatrico, aos 17 foi estuprada ao pegar carona, tudo isso foi um choque para ela e é sobre as dores pelas quais passou que serao os temas de suas obras literarias e cinematograficas.
Nos anos 80/90 ela se envolve com o movimento punk, gosta de Joy Division e de Bukowski, abusa do alcool, drogas e sexo, sendo este na forma de prostituiçao e de relaçoes homo e héteroafetivas.
Suas obras sao classificadas como literatura marginal, ou cultura trash, ou contra-cultura, como queira. Os temas recorrentes sao sobre violência, sexo, drogas e muito punk rock.

Cinema

O filme "Baise-moi" foi classificado em alguns paises como pornografico, talvez porque as duas atrizes principais foram atrizes pornôs e porque tem algumas cenas de sexo explicito, mas nada que a gente ja nao tenha visto em filmes como os de Gaspar Noé ou de Pasolini. É um filme underground "road movie", à la Thelma e Louise, as personangens principais sao uma prostituta e uma atriz pornô que pegam um carro e saem por ai fazendo estrago por onde passam, usando a lei da viuva-negra: trepa depois mata.
Achei a premissa bem interessante e diferente, mas acho que o baixo orçamento e as atrizes que nao eram tao boas, deixou o filme meio caseiro, faltou qualidade nas cenas de açao e na interpretaçao.

Em seguida assisti ao filme "Bye bye blondie", tem uma qualidade técnica melhor, atrizes brilhantes como a Emmanuelle Béart, a Béatrice Dalle e a cantora Soko. Sem falar no figurino e nas musicas otimas de punk rock. O filme é baseado no livro homônimo, fala de duas meninas que se apaixonaram nos anos 80 e se reencontram 25 anos mais tarde. Sugiro começar assistir por esse que é bem mais leve que o primeiro.


Ela também dirigiu o documentario "Mutantes: Punk, Porn, Feminism", composto por cerca de 20 entrevistas gravadas nos Estados Unidos, França e Espanha, dá a palavra às ativistas pró-sexo e acompanha a evolução do movimento dos anos 80 até hoje. Infelizmente nao o achei em nenhuma biblioteca daqui, nem em streaming, mas quero muito assistir. Como é dificil achar documentarios e alguns filmes feitos por mulheres, viu. Tem tanta coisa boa que descobri, mas onde encontrar? Nao se acha nem para comprar.


Virginie escritora

Ela tem varios livros publicados, alguns deles viraram filmes, pretendo lê-los mais para frente, mas no momento vou falar do unico que li, o ensaio autobiografico "King Kong Theorie".

Se for para indicar apenas um obra da Virginie Despentes, com certeza é este ensaio. Muitas pessoas nao conseguem ver cenas fortes de violência ou de sexo nos filmes, nao se interessam por literatura underground, nem pelo movimento punk, mas se você se interessam por livros sobre a condiçao feminina, tais como: "O segundo sexo", da Beauvoir ou "Um quarto so seu", da Virginia Woolf, recomendo também este livro, ela nao fala de mulheres que querem ser escritoras, filosofas, intelectuais, ela fala da mulher comum, da mulher do submundo, da mulher indesejavel que esta fora dos "normal standards",  como ela escreveu nas primeiras linhas:
"Eu escrevo no meio das feias, para as feias, as velhas, as caminhoneiras, as frigidas, as mal-comidas, as  "incomiveis", as histéricas e todas as excluidas do grande mercado da mulher gostosa".


Em 2010 eu escrevi aqui o post " Mulher e os monstros" em que eu queria entender a razao pela qual a sociedade em geral odeia os monstros, o porquê dos homens e dos deuses quererem nos afastar deles e por ironia do destino, 6 anos depois, leio neste ensaio o capitulo King Kong Girl que responde ao meu questionamento. O universo nunca nos deixa sem resposta, ela tarda, mas chega melhor do que esperavamos.

Musicas
Criei uma lista no Spotify de algumas musicas tocadas nos filmes da Virginie Despentes. Minhas preferidas sao: Diamanda Galas (canta parecendo que ta possuida), Soko e a Lydia Lunch.


Consideraçoes finais:

Quando comecei a participar dos projetos "Mulheres na direçao" e "Leia Mulheres", nao tinha ideia onde isso me levaria, foi como abrir um novo mundo, posso ouvir outras vozes que quase nunca sao ouvidas. Virginia Despentes me levou a conhecer a mulher no movimento punk, a mulher na literatura underground, o feminismo pro-porn, a conhecer um monte de musicas legais, a conhecê-la como a mulher que faz filmes sangrentos, violentos e eroticos, um campo no cinema explorado majoritariamente pelos homens, mas ela esta ai provando que também pode fazer. É uma voz que precisa ser ouvida e respeitada.

Veja também:
Mulheres na direçao: Malgorzata Szumowska (Polônia)

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

L'histoire d'Adèle H.

Contemplação da 7ª Arte: A história de Adèle H.
Esta coisa incrível, de que uma jovem deva atravessar o oceano, passar do velho mundo para o novo e se juntar ao seu amante isso eu cumprirei.
É lindo ver a história da Adèle H. representada pela belle Isabelle Adjani que fala inglês e francês com a maior naturalidade, no filme dirigido por Truffaut.
A Adèle que não queria apenas ser filha de poeta, mas tentou sair da teoria e colocar na prática o significado do amor, transformar a poesia em vivência, cruzou o oceano até chegar em Halifax, em busca do tenente que disse que a amava.
Mesmo que você não me ame,
deixe que eu te ame.
Só que o amor dela não exigia nada em troca, nem fidelidade, nem mudanças de hábito. Esqueceu-se de quem era filha, seu amor passou a ser obsessão e loucura, começou a seguir os passos do amado onde quer que ele fosse, indo longe, chegou à Barbados.
Eu tenho a religião do amor: Não dou meu corpo sem minha alma, nem minha alma sem meu corpo.
Sempre escrevendo cartas, diários, compulsivamente, vivendo na pele o que seu pai colocava nos livros, o amor teórico não é amor de verdade, é necessário sentir, chorar, suar, desesperar-se. Ah, se o poeta soubesse quão terrível era o amor para as suas filhas, talvez renegasse sua poesia! Se soubesse que o amor nem sempre é correspondido, que as desilusões são arrebatadoras para alma. teria protegido suas filhas de tamanho sofrimento.
Já dizia seu pai, em "Les miserables": "O futuro pertence ainda mais aos corações do que aos espíritos.
Amar é a única coisa que pode ocupar a eternidade.
Ao infinito é necessário o inesgotável"
.
E para terminar, vou colocar dois vídeos da outra Adèle, a inglesa, que canta tão melancolicamente o amor, começa com "Someone like you" e termina com "Set fire to the rain". Cantora rara hoje em dia, não precisa ter um corpo escultural, nem dançarinos fazendo striptease, nem iluminação e cenários exagerados, ela só precisa ter a voz para cantar lindamente.



Never mind, I'll find someone like you
I wish nothing but the best for you, too
Don't forget me, I beg, I remember you said
Sometimes it lasts in love
But sometimes it hurts instead



When I lay, with you, I could stay there,
Close my eyes, feel you here forever,
You and me together, nothing is better!
Cause there's a side, to you, that I never knew, never knew.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

8 femmes


8 femmes (8 mulheres) É um filme musical, sobre um homem que está morto e 8 mulheres que de uma certa forma fazem parte da vida dele, supeitam uma das outras e nessa desconfiança as verdades vão aparecendo. É um filme bem gostoso de assistir
No elenco grandes atrizes como: Catherine Deneuve, Isabelle Huppert, Emanuelle Béart.

Para letra de música do dia, escolho Mon amour mon ami cantado pela Virginie Ledoyen

Toi mon amour, mon ami
Quand je rêve c'est de toi
Mon amour, mon ami
Quand je chante c'est pour toi
Mon amour, mon ami
Je ne peux vivre sans toi
Mon amour, mon ami
Et je ne sais pas pourquoi

Je n'ai pas connu d'autre garçon que toi
Si j'en ai connu je ne m'en souviens pas
A quoi bon chercher faire des comparaisons
J'ai un coeur qui sait quand il a raison
Et puisqu'il a pris ton nom

Toi mon amour, mon ami
Quand je rêve c'est de toi
Mon amour, mon ami
Quand je chante c'est pour toi
Mon amour, mon ami
Je ne peux vivre sans toi
Mon amour, mon ami
Et je sais très bien pourquoi

On ne sait jamais jusqu'où ira l'amour
Et moi qui croyais pouvoir t'aimer toujours
Oui je t'ai quitté et j'ai beau résister
Je chante parfois à d'autres que toi
Un peu moins bien chaque fois

Toi mon amour, mon ami
Quand je rêve c'est de toi
Mon amour, mon ami
Quand je chante c'est pour toi
Mon amour, mon ami
Je ne peux vivre sans toi
Mon amour, mon ami
Et je ne sais pas pourquoi


segunda-feira, 17 de agosto de 2009

O fabuloso destino de Amelie Poulain

Esse filme de Jean-Pierre Jeunet é uma graça, Amelie tão adorável, tão tímida e tão solitária tenta fazer justiça a fim de melhorar a vida das pessoas que ela gosta.
Os prazeres de Amelie são muito interessantes e de uma certa forma todos nós temos esses pequenos prazeres, os dela era enfiar a mão em um saco de grãos, quebrar a crosta do creme brullé com a colher, tentar descobrir quantas pessoas estão tendo orgasmos naquele momento.
Uma frase muito engraçada é quando ela fala para o feirante: Você é pior que um legume, porque até alcachofra tem coração. (kkkkkk)
A trilha sonora é muito bonitinha também, além do verde x vermelho usado pelo diretor.

Trechos do filme:

"São tempos difíceis para os sonhadores.''
"- Ela parece distante... talvez seja porque está pensando em alguém.
- Em alguém do quadro?
- Não, um garoto com quem cruzou em algum lugar, e sentiu que eram parecidos.
- Em outros termos, prefere imaginar uma relação com alguém ausente que criar laços com os que estão presentes.
- Ao contrário, talvez tente arrumar a bagunça da vida dos outros.
- E ela? E a bagunça na vida dela? Quem vai pôr ordem? '"


Para quem se encantou com o bairro que ela circulava e quando for a Paris quiser visitar, é o Montparnasse.
Café onde ela trabalhava: Café des Deux Moulins, 15 rue Lepic esquina com a rue Cauchois
Locadora que o Nino trabalhava: Palace Video, 37 boulevard de Clichy
Estação de metrô das fotos 3x4:
Linha 6 da estação La Motte-Picqet-Grenelle

domingo, 16 de agosto de 2009

Filmes sobre educação na França

Dois filmes-documentários, não-ficcionais, os protagonistas são as próprias pessoas envolvidas.
O primeiro é o filme Être et avoir (Ser e ter), dirigido por Nicolas Philibert, conta a história de um professor de escola primária no interior da França, ele dá aulas para crianças de várias faixas etárias. A dedicação que o professor tem por essas crianças á surpeendente. Ele passa muita confiança a elas, se desdobra para ensinar os grandes e os pequenos ao mesmo tempo com toda paciência e carinho. É muito comovente!

O outro filme é o Entre les murs (Entre os muros da escola), sobre um professor de francês que não sabe lidar muito bem com seus alunos, em sua maioria estrangeiros (africanos, latino-americanos e até um chinês), tenta de várias formas tentar interagir com eles, mas muitas vezes sem sucesso. O interessante desse filme é descobrir a vida desses alunos fora da escola, a mãe de um aluno africano que vai na reunião de pais, fica nervosa, não entende francês e fala no dialeto dela. A mãe do chinês que foi presa por estar ilegal no país e ele era um dos melhores alunos, a representante de classe que não gosta de estudar , mas leu a República de Platão o que deixou o professor até incabulado. Para esses alunos, mudar de país, adaptar-se na França, continuar pobre lá, conhecer gente de várias nacionalidades e ainda por cima, durante a adolescência em que os hormônios estão a mil, fica muito difícil a interação, tanto para os alunos quanto para os professores. Regardez-vous!

sábado, 15 de agosto de 2009

Falas do filme Le diable probablement- Bresson

Diálogo entre psiquiatra e paciente.


Filme: Le diable problablement - Diretor: Robert Bresson

Você sabe como as civilizações terminam?
É quando a estupidez é acelerada.
Crescimento. Crescimento do quê? De felicidade?
Felicidade a crédito, o cartão de crédito? Ou a felicidade de andar no campo e tomar banho de rio? Tudo isso é bastante evidente.
- Como começou esse confronto com a sociedade?
É meu estado normal. Eu mantive isso em silêncio por um longo tempo.
-A não-ação não te dá algum prazer?
Sim, mas o prazer do desespero, obviamente.
- Você sente culpa?
- Culpa?
Por você mesmo?
Culpado sem culpa. Eu sei que sou mais inteligente que os outros. Estou ciente da minha superioridade, mas se eu fizesse algo, eu estaria sendo útil, mesmo que minimamente, a um mundo que eu desprezo. Eu trairia minhas idéias. Apenas me cerraria ainda mais. Eu prefiro saber que não há saída.
-Esmolar nas ruas, como eu vi pessoas como você fazendo, não é degradante?
Caridade degrada o doador tanto quando o recebedor.
-Isso não é uma boa desculpa para a preguiça?
Talvez, mas e daí?
Se meu objetivo fosse dinheiro e lucro todos me respeitariam.
-Ser correto não é uma boa razão para se manter vivo?
Perdendo minha vida, é isso que eu perderia: Planejamento familiar, excursões de turismo, culturais, esportivos, linguísticos, a biblioteca do homem culto, todos os esportes, como adotar uma criança, associações de pais e professores. Educação, ensino de 0 to 4 anos, 7 a 14 anos, 14 a 17 anos. Preparação para o casamento, serviço militar. Europa. Decorações, medalhas honoríficas, dispensa médica remunerada, Dispensa médica não-remunerada, o homem de sucesso. Redução de impostos para idosos, Impostos locais, compra a prazo. Aluguel de rádio e tv, cartão de crédito, obras em casa, câmbio flutuante. VAT e consumidores.
-Você crê em Deus?
Eu acredito, na medida do possível, na vida eterna, mas se eu cometer suicídio,não acho que estaria condenado por não compreender o incompreensível.
-Quero dizer, você tem aversão à comida?
De maneira nenhuma.
-Perda de apetite costuma acompanhar depressão profunda.
Eu não estou deprimido.Só quero o direito de ser eu mesmo. Não quero ser forçado a deixar de querer substituir meus verdadeiros desejos por falsos, baseados em estatísticas, pesquisas, fórmulas, classificações científicas ultra-imbecis Americanas-Russas. Não quero ser um escravo ou um especialista.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Robert Bresson

Robert Bresson é um cineasta francês, precursor do movimento minimalista no cinema que inspirou o movimento Dogma 95, do Lars Von Trier.
Os filmes são realistas, embora não esteja enquadrado no movimento poético realista francês como os diretores Marcel Carné ou Jean Renoir, talvez porque falta o poético, a realidade mostrada é nua e crua, sem chance para happy end.
Em alguns projetos ele utilizou atores-amadores (não profissionais), o que dá uma certa leveza em filmes tensos, se você tem um roteiro pesado e atores muito bons que utilizam o método de Stanislavski na atuação, ia ficar muito difícil, talvez os espectadores entrariam em colapso ou em crises existenciais, acho que o Dogma 95 conseguiu aperfeiçoar, colocando clima tenso com atores bons.
Listas de filmes que assisti:

Pickpocket: É baseado na obra "Crime e Castigo" de Dostoievski.
Au hasard Balthasar (A grande testemunha): Nesse filme um burro (o animal mesmo) é protagonista e é testemunha de todas as injustiças cometidas na pacata cidadezinha.

Mouchette: Esse filme é muito tenso. Sobre uma garota, o pai bebe, vivem na miséria, a mãe doente, irmão bebê que ela tem que cuidar, a escola. Casos de estupro, etc.
Lancelot du Lac: É sobre a lenda da Távola redonda, Lancelot, o cavaleiro do rei Artur.
Le diable probablement: Eu adorei esse filme, ele é bem melancólico, mas tem todo um conceito ecológico, fala dos interesses da juventude em querer mudar o mundo mas não sabe como, manifestações e até peguei uns diálogos para colocar em um outro post. O protagonista é um jovem muito inteligente que ajuda os colegas de classe nas lições, mas não sabe lidar com o amor ou com a vida, procura um psiquiatra.

L'argent: É baseado em um conto de Tolstoi (deu para perceber que ele gosta de literatura russa). Sobre uma nota falsificada que caiu na mão de um zé-mane e trouxe consequencias injustas para vida dele.


Filmes que quero assistir:
  • O processo de Joana d'Arc
  • Une femme douce
  • Anjos do pecado

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

La belle persone


A bela Junie (la belle persone) é um filme francês, baseado na obra A Princesa de Clèves, de Madame de La Fayette. Junie perdeu a mãe, vai estudar na escola do primo, divide seu coração com o aluno Otto e com o professor de italiano. É um filme melancólico, mas muito touchant!

Vou postar a letra da música que o Otto canta na hora mais desesperada da vida dele.


Comme la pluieAlex Beaupain

Comme la pluie nous manque parfois
Un orage aurait plus d'allure
Pour se crier ces choses là
Se jeter ces mots à la figure
Comme la pluie nous manque parfois
Comme le soleil nous tue
Comme ses rayons nous semblent froids
Quand on ne s'aime plus

Comme les forces nous manquent parfois
Une bagarre aurait plus de gueule
Passer ton visage à tabac
Qu'enfin plus personne n'en veule
Comme les forces nous manquent parfois
Comme nos bras nous trahissent
Lorsque l'amour entre nos doigts
Comme le sable glisse

Comme les pleurs nous manquent parfois
Un mélo aurait plus de classe
Quelques larmes, nous valons bien ça
Mais c'est trop demander hélas
Comme les pleurs nous manquent parfois

Comme la nuit nous manque parfois
Le noir serait plus à mon goût
Ces étoiles comme autant de croix
Tout un ciel en deuil de nous
Comme la nuit nous manque parfois
Comme elle tarde à venir
Quand elle tombe, ne trembles-tu de ça ?
Toutes ces nuits à venir...