terça-feira, 6 de julho de 2010

Frida - O filme



 "pensavam que eu era uma surrealista, mas eu não era. Nunca pintei sonhos. Pintava a minha própria realidade". [Frida Kahlo]

Em comemoração aos 103 anos de Frida Kahlo (apesar de já não estar entre nós fisicamente, temos o seu legado que a mantém viva). Ela cansou da vida que não foi nem um pouco generosa com ela. Aos 6 anos teve poliomelite o que causou sequelas, ficou com defeito no pé e mancava. Aos 18 sofreu um acidente no bonde que acarretou problemas na coluna, inúmeras cirurgias e dores crônicas até o fim de sua vida. Vira comunista (não sei se o comunismo era bom, mas quem era bom era comunista!) e conhece o Diego Rivera (já tinha dito aqui que ele nasceu no mesmo dia que eu, em anos diferentes, claro! ). Diego sempre deixou claro que não seria fiel, ela sabia que seria difícil, mas achava que ia endireitar o rapaz, não deu certo. Ela engravidou, ficou muito feliz, mas não conseguiu levar a gravidez adiante devido aos problemas sérios de saúde e sofreu um aborto. Pegou o Diego no bem bom com a irmã dela. Também teve seus casos extraconjugais, inclusive com pessoas do mesmo sexo. Hospedou Leon Trotski em sua casa e teve um caso com ele. A vida dela foi muito intensa, embora demonstrasse fragilidade física, ela tinha uma força espiritual extrema para aguentar os baques da vida. Fez do seu sofrimento uma arte.
"Espero que minha partida seja feliz, e espero nunca mais regressar"

O filme era um sonho que a atriz mexicana Salma Hayek queria realizar, lutou pelos direitos das obras, contou com a ajuda de amigos e atuou brilhantemente no papel de Frida, o Alfred Molina no papel de Diego e Geoffrey Rush (adoro! desde o filme "Contos proibidos do Marquês de Sade") no papel de Trotski, sem palavras. Salma era conhecida por fazer a gostosa de comédia romântica ou mulher de pistoleiro, surpreendeu a todos, além de gostosa é inteligente e atua muito, pena que Hollywood não dá o devido valor a la chica latina.
Não assistiu ainda? Corra para locadora, infeliz! Vai que o mundo acaba, morrer sem ver esse filme é um sacrilégio.

2 comentários:

  1. Este ano tive a oportunidade de ir ao Museu Frida Kahlo, que é na casa que ela viveu desde a infancia, mas morou com Diego também. Maravilhoso. Também fui à casa que Trotski morreu. Acho que voce fez um belo resumo na frase "Fez do seu sofrimento uma arte.". É isso mesmo. Acho que ela foi feliz.

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  2. Jolie, dever ter sido uma honra para vc pisar no mesmo chão que Frida.O México parece mágico.

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