terça-feira, 27 de julho de 2010

Brilho eterno de uma mente sem lembranças

Eu conheço gente que odeia esse filme, preferem mil vezes os filmes em que o Jim Carrey fica fazendo caretas e tonterías, mas eu que estou sempre remando contra a maré, todas as vezes que passa na TV eu assisto ou coloco no DVD para relembrar as falas. (Sim, já até decorei algumas!).
O Joel é super na dele, é introvertido, não busca chamar a atenção, como ele próprio diz: Porque eu sempre apaixono por qualquer mulher que me dá o mínimo de atenção?
Já a mutante Clementine (Kate Winslet), sempre mudando a cor do cabelo, laranja, azul, verde, vermelho, toda espevitada, gosta de fazer piquenique à noite na neve. As cenas do lago congelado são lindas!
Estou acompanhando muito a carreira da Kate Winslet, já falei dela em "Romances e cigarros", "O Leitor", também vi outros que adorei, talvez fale mais para frente como: Contos proibidos do Marquês de Sade, Pecados Íntimos, Foi apenas um sonho, Razão e Sensibilidade e por aí vai. Acho que ela escolhe muito bem os papéis.
Clementine decide ir a um consultório de um homem que apaga lembranças e esquece completamente Joel, Joel não suportando a indiferença de Clementine, faz o mesmo. Aí nasce a dúvida, se você esquece alguém, mas continua convivendo com ela, como foi o caso da Mary (Kirsten Dunst), a probabilidade é muito grande de você se apaixonar por ela novamente, mesmo que ela foi apagada da memória, já que a sua essências e seu gosto não mudam. A história da Mary é muito interessante, ela adora citações, tais como:

"Feliz é o destino do inocente,
Esquecido pelo mundo que ele esqueceu
Brilho eterno de uma mente sem lembranças!"
[Alexander Pope] 

"Abençoados os que esquecem, porque aproveitam até mesmo seus equívocos." [Nietzsche]

Eu pensando aqui com meus botões, se fôssemos capazes de apagar algo de nossa memória, conseguiríamos apagar mesmo? Acho que não. Alguém da família ou amigo iria mencionar, acharíamos uma foto, uma carta, o choque ia ser maior que a dor da lembrança. O fato de não lembrar não garante que você não vá cometer os mesmos atos, porque independente do que acontece, não perdemos a nossa essência, os nossos gostos, as nossas manias, as nossas crenças e a capacidade de se apaixonar pelo mesmo indivíduo, há aquela ideia de que o outro dificilmente pode ser substituído, por mais que você tenta esquecê-lo, vai sempre procurar alguém com características parecidas, vai  fazer os mesmos programas, etc.
Agora me diz, como tem gente que não consegue gostar desse filme? Tá, é meio confuso, meio papo-cabeça, mas amodoro!

2 comentários:

  1. amo esse filme!! lindo, confuso, perturbador, adorável como são os relacionamentos...

    beijo!

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  2. Oi, Ana
    Cheguei ao seu blog pelo Desafio Literário, tb estou participando.
    Quero dizer que concordo com tudo o que disse sobre esse filme, amo de paixão!! Uma vez indiquei para uma amiga, dizendo que era ótimo, elogiando pra caramba, e ela não gostou, disse que não entendeu nada...rs..
    Gostei do seu blog, muito legal..bjs

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