quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Hannah e suas irmãs


Hannah and her sisters é outro filme de Woody Allen que eu gosto bastante.
Hannah tem mais duas irmãs, um marido e um ex-marido, seus pais que dão um certo trabalho e seus filhos gêmeos.
Hannah foi casada com o personagem de Woody Allen, o médico disse que ele não poderia ter filhos e Hannah pediu para seu sócio doar o esperma para ela fazer uma inseminação artificial e engravida de gêmeos.
Seu ex-marido, além de loser é hipocondríaco, sempre acha que está morrendo e para piorar, ainda se apaixona pela irmã de Hannah que usava cocaína e vivia insegura pois não conseguia se firmar como atriz, nunca passava nos testes.
O atual marido de Hannah (Fred) também se apaixona por sua outra irmã, a Lee, sempre dá toques de livros e de músicas para ela ler e ouvir, ela larga o marido, interpretado por nada mais, nada menos que o Max Von Sydow, mas Fred não larga Hannah e começa a ter relação extra-conjugal com a cunhada por um tempo, então Lee acaba ficando com alguém da faculdade e o abandona também.
Hannah dividiu os maridos com as irmãs, cuidava de todos mas não era cuidada por ninguém, era a mais certinha da família que só se ferra.

Segue abaixo o poema que o Fred indicou para Lee

Somewhere i have never travelled

E.E. Cummings
somewhere i have never travelled, gladly beyond
any experience, your eyes have their silence
in your most frail gesture are things which enclose me
or which i cannot touch because they are too near
your slightest look easily will unclose me
though i have closed myself as fingers
you open always petal by petal myself as spring opens
(touching skilfully, misteriously) her first rose
or if your wish be to close me, i and
my life will shut very beautifully, suddenly
as when the heart of this flower imagines
the snow carefully everywhere descending,
nothing we are to perceive in this world equals
the power of your intense fragility; whose texture
compels me with the colour of its countries,
rendering death and forever with each breathing
(i do not know what it is about you that closes
and opens; only something in me understands
the voice of your eyes is deeper than all roses)
nobody, not even the rain has such small hands

Tradução feita por Augusto de Campos

Nalgum lugar em que eu nunca estive, alegremente além
de qualquer experiência, teus olhos têm o seu silêncio:
No teu gesto mais frágil há coisas que me encerram,
ou que eu não ouso tocar porque estão demasiado perto
Teu mais ligeiro olhar facilmente me descerra
Embora eu tenha me fechado como dedos, nalgum lugar
Me abres sempre pétala por pétala como a Primavera abre
(tocando sutilmente, misteriosamente) a sua primeira rosa
ou se quiseres me ver fechado, eu e
minha vida nos fecharemos belamente, de repente,
Assim como o coração desta flor imagina
a neve cuidadosamente descendo em toda a parte;
Nada que eu possa perceber neste universo iguala
o poder de tua imensa fragilidade:cuja textura
Compele-me com a cor de seus continentes,
restituindo a morte e o sempre cada vez que respira
(Não sei dizer o que há em ti que fecha
e abre; só uma parte de mim compreende que a
voz dos teus olhos é mais profunda que todas as rosas)
Ninguém, nem mesmo a chuva,tem mãos tão pequenas

Nenhum comentário:

Postar um comentário