Já falei tanto de cinema francês, mas ainda não falei de um dos principais diretores do movimento Nouvelle Vague, Truffaut.
Vou falar de dois filmes hoje: Os incompreendidos e Jules et Jim
Os incompreendidos mostra o sistema de ensino autoritário e a incompreensão dos pais com um adolescente que está meio perdido. Um filme muito parecido (a temática) é o também francês Zéro de conduite, de Jean Vigo (vou fazer um post sobre ele ainda).
O menino foi criado pela avó, sempre sentiu o desprezo da mãe, não gosta de estudar e os professores pegam muito no pé dele.
Ele se revolta, foge de casa, começa a furtar alguns objetos e como castigo, os pais denunciam-no à policia, ele vai para um reformatório.
É uma reflexão de como os pais e a sociedade não sabem lidar com crianças e adolescentes. Outro filme que tem a mesma temática de conduta é o Vítimas da Tormenta, do cineasta italiano Vittorio de Sica.
Você percebe que apesar das atitudes violentas, são crianças fragilizadas, que precisam de abraços, são carentes de atenção. Há um tempo vi na TV um documentário sobre crianças violentas que são tratadas em um reformatório na Inglaterra, a maioria vem de famílias complicadas, pais bêbados, drogados ou violentos, a família inteira tem que ser tratada. É triste!
Jules et Jim é um filme sobre triangle amoureux (para variar!). Jules e Jim são muito amigos (até demais, há uma desconfiança dos outros a respeito dessa amizade), um é francês, o outro alemão. O tempo vai passando, eles conhcem algumas mulheres, vão para guerra, voltam e infelizmente os dois se apaixonam pela mesma mulher e os três acabam morando juntos. É bem interessante esse filme, meio surreal.
Dizem que é meio autobiográfico porque Truffaut teve um caso com a Jeanne Maureau (a protagonista desse filme) e ela era casada com nada mais, nada menos que o estilista Pierre Cardin.
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